''Ajudem aqueles que estão sofrendo. Assim, vocês curarão as suas próprias feridas.'' Artigo de Antonio Spadaro

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20 Março 2015

Algumas meditações sobre a Via Sacra, compostas por Jorge Mario Bergoglio antes e depois da sua eleição a bispo de Roma foram publicadas agora em um livro em italiano, intitulado La logica dell'amore (Ed. Rizzoli).

Algumas dessas meditações, traduzidas por IHU On-Line, estão disponíveis aqui.

O jesuíta italiano Antonio Spadaro, diretor da revista La Civiltà Cattolica, escreveu o prefácio da obra. O texto foi publicado no jornal Corriere della Sera, 19-03-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

A nossa meditação não pode ser solitária, mas envolve todos os pobres "cristos" de que é feita a história humana. Escreve Bergoglio: "Na cruz, há a história do mundo". Sobre essa história, faz-se ouvir a voz do anjo: "Não está aqui, ressuscitou".

Por que é importante meditar sobre a cruz? Porque, sem a cruz, não se entende a ressurreição, responde Bergoglio. É a ressurreição o ponto de vista para compreender o que acontece ao longo da Via Crucis.

A mensagem do Papa Francisco é radicalmente pascal: defronta-se com a história e com o seu porte de sofrimento, de morte, de dor e oferece uma leitura dela à luz da ressurreição de Cristo. Não teme se aproximar dos tantos "túmulos" da história e da alma humana, para fazer ressoar dentro deles o anúncio de que a morte foi vencida: "Ou acreditamos na inevitabilidade do sepulcro fechado pela pedra, ou adotamos como forma de vida e alimentamos o nosso coração com tristeza, ou nos arriscamos a receber o anúncio do anjo: 'Não está aqui, ressuscitou' e tornamos nossa a alegria, aquela 'doce e reconfortante alegria de evangelizar', que nos abre o caminho para proclamar que Ele está vivo e nos espera, a cada momento, na Galileia do encontro com cada um".

Ou a pedra está ou a pedra rola embora: aqui está o coração da fé. Portanto, continuemos seguindo Bergoglio que medita sobre a "Via Crucis" sobre o pano de fundo da "Via Lucis", isto é, o mistério da pesada pedra do sepulcro, que parece enganar a vida humana e a história, mas que a força da Páscoa rola embora do sepulcro.