Chomsky vê no Podemos e no Syriza uma reação contra o assalto neoliberal à Europa

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Por: André | 10 Fevereiro 2015

Noam Chomsky (foto), o aclamado filósofo e linguista estadunidense, assegurou em uma entrevista que concedeu ao sítio espanhol Ctxt que o Syriza e o Podemos são partidos que se levantam “contra o assalto neoliberal que está estrangulando e destroçando os países periféricos”.

 
Fonte: http://bit.ly/1CHmStj  

A reportagem está publicada no jornal espanhol Público, 08-02-2015. A tradução é de André Langer.

Chomsky arremete contra o sistema neoliberal imposto na Europa e nos Estados Unidos, onde, assegura, já não há democratas e republicanos, mas apenas “republicanos moderados”. Na Europa se deu o que ele chama de “assalto neoliberal contra a população mundial”, com Thatcher como protagonista.

“A Europa é hoje uma das maiores vítimas dessas políticas econômicas de loucos, que somam austeridade à recessão”, assegura, qualificando de “êxito do sistema neoliberal” o fato de que o Estado de Bem estar social esteja sendo desmantelado a fim de aumentar o poder dos ricos.

“Um mundo sem regras no qual os poderosos fazem o que querem. E, onde, milagrosamente, tudo sai à perfeição”, explica. “É interessante comprovar como Adam Smith propôs isso na famosa expressão ‘mão invisível’. Agora vemos que, quando o capital carece de limites, particularmente os mercados financeiros, tudo vai pelos ares. É o que a Europa está enfrentando hoje”.

O pensador aponta a América Latina como exemplo de resistência a esta “invasão neoliberal”. “Durante 500 anos, a América do Sul sofreu a dominação das potências imperiais ocidentais, a última delas, os Estados Unidos. Mas nos últimos 10 ou 15 anos começou a romper com isso”.

Sobre o Syriza, diz que é um partido de esquerda “para os padrões atuais”, mas que, pelo contrário, seu programa não é de esquerda. “É um partido antineoliberal; não exigem que os trabalhadores controlem a indústria...”.

“E isto não é uma crítica”, esclarece, “creio que é algo positivo. E o mesmo acontece com o Podemos: são partidos que se levantam contra o assalto neoliberal que está estrangulando e destroçando os países periféricos”.