06 Fevereiro 2015
A não integração da Amazônia no mercado de créditos de carbono é prioridade na agenda mundial de mudanças climáticas
Os participantes concluíram que com a venda de crédito de carbono, a floresta amazônica será mercantilizada.
A reportagem é de Luana Carvalho, publicada pelo jornal A Crítica, 30-01-2015.
As mudanças climáticas e direitos humanos foram discutidos em plenária durante encerramento do Fórum Social Mundial de Biodiversidade, nesta sexta-feira (30) no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques. Para pesquisadores e ambientalistas que participaram da mesa, não integrar a Amazônia no mercado de créditos de carbono é prioridade na agenda mundial de mudanças climáticas.
“Ficou claro que a sociedade civil não quer agregar valor financeiro à floresta. Esta foi uma das diretrizes mais importantes para o Governo, uma vez que os participantes da plenária demonstraram que não estão dispostos a fazer negociação de crédito de carbono”, comentou a titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS), Kamila Amaral.
Os participantes concluíram que com a venda de crédito de carbono, a floresta amazônica será mercantilizada. “A sociedade civil concorda que o estado deve proteger especialmente as populações tradicionais e povos indígenas, para que não corra o risco de realizar a venda de crédito de carbono”, complementou Amaral.
Comprar créditos de carbono no mercado seria o mesmo que comprar uma permissão para emitir gases de efeito estufa (GEE). O preço dessa permissão, negociado no mercado, deve ser necessariamente inferior ao da multa que o emissor deveria pagar ao poder público, por emitir GEE. Para o emissor, portanto, comprar créditos de carbono no mercado significa, na prática, obter um desconto sobre a multa devida.
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Fórum de biodiversidade discute mudanças climáticas e mercado de carbono na Amazônia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU