Por: André | 21 Janeiro 2015
O Papa Francisco visitará a Bolívia em julho deste ano, em um giro sul-americano que abarcará também o Paraguai e o Equador, informou nesta segunda-feira o presidente boliviano Evo Morales.
A reportagem é do sítio espanhol Religión Digital, 19-01-2015. A tradução é de André Langer.
“Não me reuni (com o Papa), mas recebi esta mensagem: em julho ele vai estar entre nós. Ele chega primeiro ao Paraguai, (depois à) Bolívia e ao Equador, mas não sei exatamente quantos dias vai estar na Bolívia”, declarou Morales ao jornal La Razón.
O governante boliviano, que teve uma conversa com o pontífice no Vaticano em outubro passado, revelou que “ele me disse ‘quero visitar La Paz, quero visitar La Paz’, duas ou três vezes repetiu (esse seu desejo)”, apesar da dificuldade dos 3.600 metros de altitude desta cidade.
Morales anunciou em dezembro a possibilidade de uma visita papal e alimentou esperanças de que o pontífice ajude o seu país “em temas internacionais”, em aparente alusão ao diferendo marítimo que mantém com o Chile. Santiago desestimou depois essa possibilidade e declarou que o centenário reclamo marítimo da Bolívia de uma saída soberano para o Pacífico é um tema bilateral.
O presidente boliviano se disse mais de uma vez disposto a resolver este centenário assunto em negociações diretas com o Chile. O litígio na Corte Internacional de Justiça de Haia busca, fundamentalmente, que esse tribunal obrigue Santiago a encarar uma negociação formal sobre a solicitação de La Paz.
Na agenda internacional está também pendente a normalização de relações com os Estados Unidos, rompidas em 2008 pela expulsão recíproca de embaixadores.
Morales, que tem suas rixas com os bispos bolivianos, pois acredita que estão em sintonia com a oposição, teve uma reunião preliminar com a hierarquia eclesiástica em dezembro último para coordenar a chegada do pontífice.
O falecido Papa João Paulo II foi o único pontífice a visitar a Bolívia, em 1988. A Bolívia, de maioria católica, é um estado laico desde 2009, quando foi reformada a sua Constituição que até essa época considerava a religião católica a oficial.
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O Papa visitará Bolívia, Paraguai e Equador em julho - Instituto Humanitas Unisinos - IHU