De acordo com uma autoridade da Igreja da Inglaterra, o primeiro bispo do sexo feminino será nomeado possivelmente em 2015.

A reportagem foi publicada pela BBC, 24-10-2014. A tradução é de Claudia Sbardelotto.

O secretário do Sínodo Geral, William Fittall, disse que a organização poderia passar uma emenda à lei canônica "em minutos", quando se encontrar em novembro.

E uma discriminação positiva poderia ser usada na eventualidade "rara" de um empate, disse ele.

Em julho, a Igreja votou de forma a permitir que as mulheres se tornem bispos, depois de uma tentativa fracassada em 2012.

A primeira vaga será na diocese de Southwell & Nottingham, na província de York, seguida pelas dioceses de Gloucester, Oxford e Newcastle, disse Fittall.

Ele também disse que as candidatas em potencial já estão sendo preparadas, com o sistema se "equipando" para a mudança.

"Quando você tem metade da raça humana que não é elegível nem sequer a ser considerada ao ponto de se tornar elegível, há pessoas que poderiam manifestadamente terem sido consideradas no passado".

"Portanto, há todo um sistema e que inclui as mulheres em relação aos arcediagos e reitores, mas até agora os bispos não têm sido capazes de dizer: 'essa sacerdotiza em particular seria muito apropriada como uma bispa".

"Então, eu ficaria surpreso, pessoalmente, se não tivéssemos o primeiro anúncio em 2015", disse ele.

A votação terá lugar no Sínodo Geral quando este se reunir nos dias 17 e 18 de novembro e não haverá discussão adicional antes disso, disse Fittall.

O Sínodo Geral poderia passar a medida em minutos, quando ele acontecer em novembro.

A mudança para permitir mulheres bispos terá uma linha adicionada ao início do Cânone 33 que diz: "Um homem ou uma mulher pode ser consagrado(a) para o cargo de bispo".

Medidas adicionais, abrindo o caminho para a nomeação de bispas receberam consentimento da rainha na última quinta-feira.

Em novembro de 2012, a votação para permitir bispas fracassou por seis votos na Câmara dos Leigos.

A votação custou à Igreja "alguma credibilidade", disse o ex-arcebispo de Canterbury, Rowan Williams.

Mas, em julho, a Câmara dos Leigos votou 152 votos a favor e 45 contra, com cinco abstenções.

Na Câmara dos Bispos, 37 foram a favor, dois contra e houve uma abstenção. A Casa do Clero votou 162 a favor, 25 contra e houve quatro abstenções.

Na época, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, disse que estava "encantado" com o resultado.