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''A fé é um ato complexo.'' Entrevista com Gianfranco Ravasi

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25 Abril 2014

A cortesia polida do cardeal Ravasi se conjuga perfeitamente com a atmosfera aconchegante que vem das salas do Pontifício Conselho para a Cultura. Em uma tarde em que os turistas, já exaustos, parecem encontrar uma quietude no desfile em série de ônibus estacionados ao longo da Via della Conciliazione, vou me encontrar com Sua Eminência.

A reportagem é de Antonio Gnoli, publicada no jornal La Repubblica, 20-04-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Retornando do Norte da Europa, ele está de partida para os Estados Unidos. Pergunto-lhe se o compromisso internacional não o canse. "Em três anos, na batida dos 75 anos, poderei me dedicar plenamente aos meus estudos", diz ele, com resignação divertida.

Jogo ali algumas palavras. Sem uma ordem precisa. Cortesias. À espera de que se encontre uma sala para conversar. Em certo ponto, lembro-lhe de uma amizade comum: Beniamino Placido. E desperto no meu interlocutor um pathos antigo: "Essa amizade foi um dom. Beniamino tinha, das virtudes do laico, a disponibilidade e a ironia, a curiosidade e a humildade. Propus-lhe que escrevêssemos juntos uma gramática do hebraico bíblico. Ele me olhou sem ansiedade. Só poderia aceitar com uma condição. Qual?, perguntei. Que o senhor coloque nele todo o seu conhecimento e eu, toda a minha ignorância".

Eis a entrevista.

O que é a perda de um amigo?

Há a dor e talvez o lamento por não ter dito ou feito tudo o que imaginaríamos. Mas uma amizade, mesmo quando não existe mais, porque o amigo se foi, permanece com a sua força de testemunho.

É possível conhecer também através da ignorância?

A condição do não saber é indispensável para o conhecimento.

Mas o mundo não continuará se dividindo entre os que sabem e os que não sabem?

É uma distância que deve ser interpretada, compreendida e, finalmente, dentro do possível, preenchida.

Como?

Hoje, a Igreja está revestindo de um novo significado a palavra simplicidade.

O senhor pensa no pontificado de Francisco?

Com toda a evidência, eles deslocou a comunicação do plano teórico para o existencial. A simplicidade é o seu efeito. Mas também a causa. Frequentemente, os nossos discursos estão repletos de subordinadas; os seus, de coordenadas.

É direto.

Dotado de uma comunicação visual e de uma somaticidade viva. O seu corpo é parte integrante da comunicação: ele aboliu a distância entre os fiéis.

A comunicação hoje é rápida e essencial. O senhor reconhece isso?

Jesus poderia tranquilamente usar o Twitter: "Deem a César o que é de César...", não são mais do que 50 caracteres, e é tudo plenamente compreensível. E eficaz.

O senhor imagina Jesus hoje entre as pessoas?

Se Jesus voltasse às estradas do mundo, talvez, lhe pediriam os documentos.

O panorama é radicalmente diferente em relação há dois mil anos.

Não há dúvida. Houve muitas revoluções nos modos de viver e de pensar.

A mais recente?

Visto que falamos de comunicação, eu pensava no que McLuhan dizia há alguns anos.

O que dizia?

Que os novos meios de comunicação são o prolongamento dos nossos sentidos.

Uma ideia brilhante.

A ser repensada. Também à luz do fato de que a nossa percepção e as relações com o novo ambiente estão mudando.

Cada vez mais frequentemente, fala-se de mutação antropológica.

Estamos dentro dela plenamente. Será necessário entender qual é a direção.

Mas Deus permitirá que o homem fuja do seu controle?

Deus não é um controlador.

Não o assusta?

O quê?

Não o assusta ver a imensa, veloz, desconcertante transformação do mundo através da técnica e da ciência?

Não. O que está acontecendo deve nos levar a refletir sobre o fato de que a ciência não pode se subtrair ao debate com a religião.

Não é uma velha história que deixamos para trás?

São linguagens diferentes. E diferentes também são os modos de abordá-las. O grande físico alemão Max Planck não via nenhum contraste. No máximo, uma possibilidade de se completar na mente de quem pensa seriamente religião e ciência.

É a conclusão de um longo conflito?

As almas mais informadas há muito tempo puseram a palavra "fim" a essa guerra. Até mesmo Nietzsche escreveu que, mesmo que não houvesse amizade, também não havia inimizade, já que religião e ciência vivem em esferas diferentes.

Cada uma no seu mundo.

Eu não excluo, porém, que se falem. Fé e ciência são distintas, mas não separadas. O diálogo é possível.

O que está em jogo é a verdade?

Não necessariamente como uma disputa.

Qual é a sua ideia de verdade?

Na minha existência, a verdade me precede, me excede e me transcende. Estou longe de uma concepção situacionista ou do relativismo hoje imperante. Para mim, é verdadeira a imagem que Platão usa no Fedro, quando descreve o carro alado que corre na "planície da verdade". Esta última é extensa, infinita e deve ser conquistada.

Como se conquista um objetivo?

Não nesse sentido. Acredito que um pensador como Adorno expressou isso muito bem quando, no Minima Moralia, escreve: "A verdade não se tem, mas se está na verdade".

O senhor faz leituras bastante surpreendentes.

Servem para equilibrar a minha inquietação.

O senhor é inquieto?

Quando eu conheci Julien Green, que como protestante havia se convertido ao catolicismo, eu lhe disse que tinha lido quase tudo dele e que gostaria descobrir o nó da sua religiosidade. Ele me respondeu citando uma frase do seu diário: só enquanto estivermos inquietos podemos ficar tranquilos. A minha interrogação não pode prescindir da inquietação.

Entra-se na esfera da fé e dos seus tormentos?

A fé é um ato complexo. Entrelaça-se com a razão, a confiança, a ciência, as obras. Mas sem se esgotar nelas. Os tormentos pertencem a ela.

Como o senhor definiria a sua fé?

Uma forma de amor. O amor não exclui o compreender, mas vem antes.

Há um momento da sua vida em que essa sensação tomou forma?

Eu deveria pensar em mim quando menino.

Experimente.

Tudo começou com um pôr do sol e o apito de um trem. Eu tinha quatro ou cinco anos. A guerra acabara há pouco. A partir de uma colina da Brianza, dominava-se o longo vale. Naquele crepúsculo, dominado pelo silêncio, chegou-me o apito da locomotiva. Senti em mim uma tristeza miserável e grandiosa. Pela primeira vez, tive a percepção do limite das coisas, do seu morrer e, ao mesmo tempo, senti o desejo de buscar algo de seguro que as ancorasse e lhes desse um sentido.


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