14 Abril 2014
O papa proferiu no último dia 10 um discurso à comunidade da Pontifícia Universidade Gregoriana.
Andrea Tornielli, em seu blog Sacri Palazzi, 11-04-2014, destaca um pequeno trecho. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
Este é um dos desafios do nosso tempo: transmitir o sabe e oferecer-lhe uma chave de compreensão vital, não um acúmulo de noções não relacionadas entre si. É preciso uma verdadeira hermenêutica evangélica para melhor entender a vida, o mundo, os homens, não uma síntese, mas sim uma atmosfera espiritual de busca e de certeza baseada nas verdades de razão e de fé.
A filosofia e a teologia permitem adquirir as convicções que estruturam e fortificam a inteligência e iluminam a vontade... mas tudo isso só é fecundo se é feito com a mente aberta e de joelhos. O teólogo que se compraz com o seu pensamento completo e concluído é um medíocre. O bom teólogo e filósofo tem um pensamento aberto, isto é, incompleto, sempre aberto ao maius de Deus e da verdade, sempre em desenvolvimento, segundo aquela lei que São Vicente de Lerins descreve assim: "Annis consolidetur, dilatetur tempore, sublimetur aetate” (Commonitorium primum, 23: PL 50, 668): consolida-se com os anos, dilata-se com o tempo, aprofunda-se com a idade.
Esse é o teólogo que tem a mente aberta. E o teólogo que não reza e que não adora a Deus acaba afundado no mais repugnante narcisismo. E essa é uma doença eclesiástica. O narcisismo dos teólogos, dos pensadores faz muito mal, é repugnante."
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Leia a íntegra do discurso aqui, em italiano.
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O papa e o narcisismo dos teólogos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU