O cardeal Pell se diz favorável a que a Igreja australiana seja julgada pelos abusos sexuais

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Por: André | 11 Março 2014

O arcebispo de Sidney, George Pell, que foi nomeado como “ministro” da Economia do Vaticano, acredita que a Igreja católica da Austrália deveria ser julgada pelos casos de abusos sexuais a menores, informa  a mídia local.

 
Fonte: http://bit.ly/1h7C1FF  

A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 10-03-2014.  A tradução é de André Langer.

“Meu ponto de vista pessoal é que a Igreja na Austrália deveria ser julgada em relação aos casos deste tipo”, disse Pell em uma declaração lida na comissão governamental que investiga as respostas das instituições religiosas, sociais e estatais às denúncias de abusos sexuais a menores.

Este documento foi divulgado na terceira rodada de audiências públicas realizada pela comissão para analisar as denúncias formuladas por John Ellis sobre abusos sexuais a menores cometidos entre 1974 e 1979 pelo sacerdote Aiden Duggan, segundo a cadeia local ABC.

O cardeal Pell é uma das nove testemunhas que deveriam testemunhar nesta comissão australiana.

A advogada de John Ellis também detalhou os abusos experimentados por este, assim como suas tentativas de buscar justiça, os atrasos do processo e as críticas aos procedimentos que, além disso, causaram dor e sofrimento à vítima.

Ellis, que foi coroinha durante os abusos, sentia-se envergonhado porque acreditava que sua conduta estava equivocada, recordou que o sacerdote lhe disse que o amava e lhe entregou um livro sobre as relações homossexuais, o que o fez crer que era homossexual ou bissexual.

A vítima processou Duggan e o cardeal George Pell, por ser este o arcebispo de Sidney, em um processo no qual a Igreja reconheceu que houve um abuso, mas posteriormente se determinou em outra instância de apelação que nem Pell nem os administradores desta instituição poderiam ser responsabilizados por estes atos.

A criação desta comissão foi anunciada em novembro de 2012, depois que a Polícia de Nova Gales do Sul acusara a Igreja católica de encobrir casos de pederastia supostamente organizada, tratar de silenciar as investigações e de destruir provas cruciais para evitar processos judiciais.

A comissão de seis membros começou as audiências no ano passado e deverá emitir um relatório no final de junho próximo, antes de concluir seu trabalho em dezembro de 2014.