Por: Jonas | 11 Fevereiro 2014
“Em quantas dioceses espanholas a consulta foi feita? Sem dúvida, sobram dedos de uma mão para contá-las e onde ocorreu se fez de forma incompleta e enviesada a grupos reduzidos e afins, que em absoluto não representam a verdadeira Igreja Povo de Deus”, denuncia José A. Quesada, em artigo publicado por Religión Digital, 09-02-2014. A tradução é do Cepat.
Eis o artigo.
A questão pode ser apresentada em forma interrogativa ou afirmativa, indistintamente, mas a realidade é que o formulário em questão não chega a seus naturais destinatários, os fiéis católicos. Embora a desídia e a falta de interesse em divulgar o documento atinjam, em maior ou menor medida, o conjunto da Igreja católica espanhola, vamos nos centrar na diocese ovetense, da qual temos mais informação e testemunho direto, tanto de fiéis como de sacerdotes com e sem responsabilidade pastoral.
Quando todos nós esperávamos com imensa alegria, e não com menos esperança, a carta-consulta do papa Francisco à Igreja-Povo de Deus, a respeito de diferentes aspectos de suma importância para a vida moral e espiritual, comprovamos, mais uma vez, que a Igreja-hierárquica continua acomodada em lugar preferente e diferente, com desapreço e totalmente alheia à Igreja-Povo de Deus. Um dia sim e outro também, precisam reforçar e provar com fatos que não aceitam o Concílio Vaticano II. Desta forma, boa parte da hierarquia espanhola expressa sua oposição silenciosa ao papa Francisco. Camuflar e sabotar a consulta do Papa é uma manifestação a mais do que dizemos e denunciamos.
Em quantas dioceses espanholas a consulta foi feita? Sem dúvida, sobram dedos de uma mão para contá-las e onde ocorreu se fez de forma incompleta e enviesada a grupos reduzidos e afins, que em absoluto não representam a verdadeira Igreja Povo de Deus.
Quando já se têm dados e já são conhecidas as respostas dos católicos de vários países como França, Alemanha e Suíça, a Igreja da Espanha continua imersa em seu secular obscurantismo.
Onde estão os questionários para responder à consulta feita ao Povo de Deus e não apenas à Hierarquia católica? Em Oviedo ninguém sabe de nada. Fiéis e pastores fazem a mesma pergunta que nós e alguém se atreve a apontar timidamente que “já foi respondido no Bispado entre pequenos grupos, geralmente membros de pastorais da família e preferentemente de paróquias confiadas ao Opus Dei e ao Neocatecumenato”.
Como disse um amigo e venerável pároco, com o qual muitos outros sacerdotes e católicos sinceros concordam, e cujo nome omito por razões óbvias, “assim é fácil enquadrar e, ao mesmo tempo, iludem todos nós, Povo de Deus, e enganam ou pretendem enganar o Papa.
