5 de fevereiro de 1820. Morte do Pe. Brzozowski, enterrado em Polatsk, Bielorrússia

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10 Fevereiro 2014

Há 196 anos, em 5 de fevereiro de 1820, o padre Tadeus Brzozowski morreu em exílio parcial e cativeiro na Bielorrússia. Ele foi um elo fundamental na cadeia de superiores gerais e desempenhou um papel crucial na história da supressão e restauração da Companhia de Jesus.

A informação foi publicada no sítio Jesuit Restoration 1814, 05-02-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Pe. Brzozowski foi o primeiro polonês a ser eleito superior geral e foi eleito mais como um acidente geográfico. Ele sucedeu uma linha de "vigários gerais" que governaram a Companhia enquanto ela estava no limbo, na Rússia, existente devido à relutância da imperatriz Catarina em promulgar o mandato de supressão.

Ele foi eleito como o 19º Superior Geral da Companhia em 14 de setembro de 1805, quando tinha 56 anos, e governou-a em circunstâncias únicas por quase 15 anos, mas 15 anos que foram cruciais para a Companhia. Para usar uma metáfora, ele tornou-se superior geral quando a Companhia estava na UTI, com muito poucos amigos influentes, mas com muitos inimigos poderosos, que estavam dispostos a desligar o sistema de suporte de vida.Habilmente e com uma diplomacia louvável, ele tirou a Companhia do tratamento intensivo e talvez a levou para uma unidade de alta dependência.

Na época de sua morte, a Companhia de Jesus estava fora de perigo imediato, podia respirar por conta própria, apesar de frágil. Ele criou espaço para que o superior que o sucedeu, Pe. Luigi Fortis, reconstruísse os músculos da Companhia, para que ela começasse a crescer novamente com saúde e estatura.

Um exemplo de habilidade diplomática de Brzozowski pode ser visto pela forma como ele manteve Catarina perto da Companhia em seus dias mais sombrios, embora permanecesse fiel, em espírito, aos desejos do papa, distinguindo a vontade do Santo Padre das facções em Roma e dos inimigos da Companhia que eram motivados pela hostilidade por razões teológicas ou nacionalistas.

Talvez a história o julgará menos gentilmente por sua falta de abertura para a Sociedade Bíblica Russa, que viria a se tornar a principal fonte de oposição à presença dos jesuítas na Rússia. O desejo de Brzozowski em permanecer fiel a Roma é compreensível. Sucessivos papas haviam suspeitado de traduções vernáculas da Bíblia. Esse ultramontanismo, que pode ter sido impreciso, levou a um ressentimento crescente na Rússia pela Companhia de Jesus e, finalmente, a sua expulsão.