“Defendam e façam com que permaneça firme a identidade católica”, diz Papa Francisco

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Por: André | 31 Janeiro 2014

O Papa Francisco espera que a universidade católica estadunidense de Notre Dame (que se viu várias vezes envolvida em polêmicas em relação a temas como a bioética) preserve a própria identidade católica “diante das tentativas, de onde quer que venham, de diluí-la”. Foi o que disse o Pontífice ao receber em uma audiência o Conselho de Administração da universidade fundada pela Congregação de Santa Cruz, em Indiana. Jorge Mario Bergoglio destacou que é preciso defender, conservar e fazer com que permaneça firme esta identidade católica.

A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi e publicada no sítio Vatican Insider, 30-01-2014. A tradução é de André Langer.

“Na minha recente Exortação Apostólica sobre a Alegria do Evangelho reiterei a dimensão missionária do discipulado cristão que deve ser relevante na vida das pessoas e na tarefa de qualquer instituição eclesial”, disse o Papa argentino durante o encontro. “Este compromisso de ‘discipulado missionário’ – acrescentou – teria que ser percebido de forma especial nas universidades católicas que, por sua natureza, estão comprometidas em demonstrar a harmonia entre fé e razão e em evidenciar a importância da mensagem cristã para uma vida vivida em plenitude e na autenticidade. A este respeito, é essencial um testemunho decidido nas universidades católicas do ensino moral da Igreja e da defesa de sustentá-lo, enquanto é proclamado com a autoridade do magistério dos Pastores, precisamente nas instituições educativas da Igreja e através delas. Espero que a Universidade de Notre Dame continue a oferecer seu indispensável e inequívoco testemunho deste aspecto fundamental da sua identidade católica, sobretudo diante das tentativas, de onde quer que venham, de diluí-la. Isto é importante: a identidade própria, como foi querida desde o início; defendam-na, conservem-na, façam com que ela permaneça firme”.

Em dezembro do ano passado, a Universidade de Notre Dame tratou, pela segunda vez, de levar o presidente Barack Obama (como fizeram também muitas outras instituições católicas) aos tribunais devido ao mandato federal que impõe às seguradoras a obrigação de oferecer uma cobertura sanitária que inclui práticas anticoncepcionais e abortivas. A regra é uma medida aplicável no marco da reforma sanitária impulsionada pelo presidente dos Estados unidos, e foi duramente criticada pela Conferência dos Bispos dos Estados Unidos. O pedido da Notre Dame University foi recusado por um juiz federal. O mesmo ateneu viveu em primeira pessoa o debate provocado por um artigo do professor de filosofia Gary Gutting (publicado no The New York Times), que se intitula “Deveria o Papa Francisco pensar novamente no aborto?”

Além disso, não se deve esquecer outra grande polêmica na qual a mesma universidade se viu envolvida, pois em 2009 convidou o Obama para a abertura da cerimônia de entrega de diplomas. É um costume da casa de estudos convidar os novos presidentes (Jimmy Carter 1977, Ronald Reagan em 1981 e George W. Bush em 2001), mas a decisão de outorgar a Obama o título de Doutor Honoris Causa acendeu o debate público sobre a reforma sanitária. Diferentes associações pró-vida e alguns bispos criticaram duramente o convite. O arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, disse que foi um “grave erro”.

Ao contrário, o presidente da Associação das Universidades Jesuítas, o padre Charles Currie, pediu para “mudar o tom” e defendeu a decisão de convidar o presidente.

O reitor da Notre Dame, o padre John Jenkins, insistiu no acerto que representava a sua decisão, enquanto o responsável pela secção romana da Santa Cruz, a congregação religiosa que fundou a universidade, Hugh W. Cleary, escreveu uma carta aberta a Obama na qual pedia que considerasse melhor suas ideias sobre a bioética, embora não tenha colocado em discussão o convite da universidade.

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