Por: Jonas | 14 Janeiro 2014
Nunca teria imaginado um funeral desta natureza, pois vivia na rua há anos. Alessandro (conhece-se apenas seu nome), de 63 anos, era um indigente de origem polaca que vivia nas ruas que rodeiam o Vaticano. Foi encontrado morto pelo frio, próximo ao estacionamento de Gianicolo, a poucos metros da Universidade Urbaniana e do Vaticano.
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada por Vatican Insider, 10-01-2013. A tradução é do Cepat.
Foram os próprios estudantes da Universidade Pontifícia os que pediram para seus superiores que as exéquias do indigente fossem celebradas na capela da Urbaniana. E, assim, hoje à tarde (às 15h00s) foi realizado o funeral de Alessandro, presidido pelo arcebispo Konrad Krajewski, da Esmolaria do Papa, a quem Francisco escolheu para que fosse um “bispo da rua”, junto aos pobres e os necessitados.
No rito, estava presente o cardeal Fernando Filoni, prefeito da Propaganda Fide (da qual a Universidade Pontifícia depende). Também havia representantes das autoridades da cidade de Roma. Porém, especialmente, havia mais de duzentos estudantes da Urbaniana, que quiseram se despedir, dessa maneira, de um indigente que a maior parte deles não conhecia e que morreu de frio a poucos metros do ateneu.
A homilia da missa fúnebre foi pronunciada pelo padre Policarp Nowak, latinista da Secretaria de Estado. O papa Francisco se disse profundamente comovido ao saber que haviam encontrado sem vida o corpo de Alessandro. Em maio de 2013, durante a vigília de Pentecostes, Bergoglio disse: “Hoje, e isto dói ao ser dito, hoje encontrar um indigente morto de frio não é notícia”.
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Estudantes da Urbaniana, bispo e cardeal em um funeral para um indigente - Instituto Humanitas Unisinos - IHU