Por: André | 18 Novembro 2013
O padre Georges Vandenbeusch, de 42 anos, foi sequestrado pelo Boko Haram e levado à Nigéria. O anúncio é oficial e foi dado pelas autoridades da República dos Camarões. O sacerdote francês foi sequestrado por 15 homens que falavam inglês, hausa e kanuri na noite de 13 de novembro na paróquia de Nguetchewe, no norte do país.
A reportagem está publicada no sítio Vatican Insider, 15-11-2013. A tradução é de André Langer.
A Agência Fides fez contatos com o pároco anterior de Nguetchewe, Felice Cantoni, da diocese de Como. “O padre Georges assumiu o meu lugar e eu deixei a paróquia de Nguetchewe em 2011. Nos mantivemos em contato durante um ano e meio, porque fui para outra paróquia que se encontra um pouco mais distante, na fronteira com a Nigéria. O padre Georges é um bom sacerdote que estava trabalhando bem”, afirma o padre Felice. A partir da história do sacerdote italiano se pode entender que a área é uma zona de risco há muito tempo.
“Eu também corri perigo de ser assassinado, mas no meu caso não pertenciam ao Boko Haram, mas eram criminosos comuns que vieram para roubar uma religiosa”, revela o padre Felice. “Ao ouvir os gritos da religiosa saí da minha casa para ver o que estava acontecendo. Nesse momento, os ladrões atiraram contra mim e a bala passou a cerca de 10 cm da minha cabeça”. “Estamos na fronteira com a Nigéria, mas até agora o problema era a bandidagem local. A missão das Irmãs da Sagrada Família de Bordeaux foi roubada várias vezes. Infelizmente, com frequência tive que enterrar camponeses pobres que foram assassinados ao tentarem impedir o roubo de gado”, recorda o padre Felice.
“Agora enfrentamos a seita islâmica Boko Haram, que sequestrou uma família francesa no Camarões há uns meses. Mas o conflito da Nigéria já se ressentia pela presença de vários refugiados na fronteira que fugiam da violência da seita”, acrescenta Felice.
“Minhas orações e meus pensamentos estão com o padre Georges para que seja libertado logo são e salvo”, disse o sacerdote.
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Camarões. Sacerdote francês é sequestrado pelo grupo Boko Haram - Instituto Humanitas Unisinos - IHU