Por: André | 16 Novembro 2013
O sentido da primeira visita do Papa“do fim do mundo” ao Palácio Quirinal está nessas frases pessoais, quase sussurradas ao ouvido, que os dois líderes anciãos trocaram ao final da saudação de Napolitano. Francisco, comovido pelas palavras afetuosas que o presidente havia acabado de lhe dirigir (reconhecendo a novidade do Pontificado e o entusiasmo que está suscitando), disse: “Obrigado pela generosidade!”. “Convencida...”, respondeu quase em um sussurro comovido Napolitano.
Fonte: http://bit.ly/1gN8JQ0 |
A reportagem é de Andrea Tornielli e publicada no sítio Vatican Insider, 14-11-2013. A tradução é de André Langer.
“Multiplicar os esforços” para combater o desemprego neste momento de crise econômica, dar maior atenção ao sofrimento dos imigrantes, reconhecer o valor da família e sua estabilidade, que justamente em ocasiões como as que se está vivendo na Itália (e na Europa) demonstram seu “papel insubstituível”. São estes os aspectos que Francisco destacou no discurso que pronunciou ao presidente Giorgio Napolitano durante a sua primeira visita ao Palácio Quirinal, depois que o presidente lhe dirigira uma saudação cheia de apreço pela novidade representado pelo enfoque de Bergoglio e por sua capacidade de ir ao encontro de todos e dialogar com eles.
Visita oficial, claro, mas com uma cordialidade que foi além de qualquer protocolo. Como o próprio presidente indicou com suas palavras: “Não queria que a solenidade formal desta cerimônia ofuscasse os sentimentos de genuíno afeto que sua figura suscitou”. Napolitano demonstrou assim uma admiração sincera por tudo o que Bergoglio está suscitando fora e dentro da Igreja, inclusive no diálogo com os não crentes.
A principal tarefa da Igreja, explicou o Papa, “é dar testemunho da misericórdia de Deus e animar generosamente respostas de solidariedade para abrir para um futuro de esperança; porque ali onde cresce a esperança multiplicam-se também as energias e o compromisso com a construção de uma ordem social e civil mais humana e mais justa, e surgem novas potencialidades para um desenvolvimento sustentável e saudável”. Uma contribuição positiva e insubstituível oferecida por diferentes realidades, mais ou menos reconhecidas, nas quais os católicos se comprometem para responder às necessidades dos que sofrem.
A novidade do Pontificado era possível de apreciar inclusive durante o encontro, pois participaram da cerimônia no Quirinal alguns expoentes do mundo da solidariedade e do voluntariado italiano.
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O Papa com Napolitano: “Mais esforços pelo trabalho e pelas famílias” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU