Por: Caroline | 12 Novembro 2013
O “efeito Bergoglio” não dá sinais de que irá diminuir, mas, ao contrário, consolida-se. É o que indica o estudo do sociólogo Massimo Introvigne. Na Itália, segundo os dados obtidos, milhares de pessoas voltaram a se aproximar da Igreja graças às palavras e ao testemunho do Papa (foto).
A reportagem é de AndreaTornielli, publicada por VaticanInsider, 10-11-2013. A tradução é do Cepat.
Fonte: http://goo.gl/7869G2 |
O cardeal Giuseppe Bettori, arcebispo de Florença, falando sobre Bergoglio indica que: “É essa novidade que as pessoas, todas as pessoas, sentiram imediatamente e que está nos ajudando muito, sobretudo em relação com os chamados ‘distantes’: Quantos retornaram à vida sacramental, mesmo depois de décadas”. “Francisco abre brechas, sobretudo entre aqueles que haviam se distanciado da vida cristã, e que agora estão cheios de entusiasmo – confirmou ao sítio Vatican Insider, o bispo auxiliar de Áquila, Giovanni D’Ercole. Aumentaram as confissões e a presença na Missa”. São muitos, muitíssimos, os testemunhos de sacerdotes e religiosos que descrevem tudo o que está acontecendo.
E não se trata de um fenômeno apenas italiano, é o que demonstra também as palavras escritas pelo cardeal de Nova York, Timothy Dolan, em seu blog: “Se tivesse recebido um dólar por cada nova-iorquino que me disse o quanto ama o atual Santo Padre, teria pagado a conta da restauração da catedral de São Patrício!”.
O que surpreende, principalmente, são suas palavras sobre a misericórdia de Deus, que “não se cansa nunca de perdoar”. Assim como também os gestos que acompanham sua pregação, como o da audiência de ontem, na famosa Praça de São Pedro: Francisco quis saudar durante duas horas, e sem nenhuma pressa, centenas de doentes e portadores de deficiência que recebem o apoio da Unitalsi. Abraçou-lhes e consolou um por um, passando entre as macas e cadeiras de roda, curvando-se para todos.
É um efeito maciço e também muito particular, segundo explica Introvigne, diretor do Censur (Centro de estudos sobre as novas religiões), no livro “O segredo do Papa Francisco”, que publica os dados deste estudo. O volume trata das origens argentinas do Papa e seus primeiros meses de magistério. Será apresentado amanhã à tarde, em Turim.
Após ter realizado, um mês antes da eleição de Bergoglio, uma primeira sondagem, entrevistando muitos párocos italianos, que apresentavam desde então um aumento, Introvigne repetiu o exercício com uma amostra mais ampla, para verificar se correspondia a um fenômeno efêmero de “efervescência religiosa”.
O novo estudo revela que o “efeito Bergoglio” continua e foi confirmado por 50,8% dos sacerdotes e religiosos entrevistados. “O dado relevante – escreve o sociólogo italiano – é que, a seis meses da primeira pesquisa e a sete desde o início do Pontificado, o fenômeno do efeito Francisco não dá nenhuma demonstração de queda, e mais, consolida-se”.
“Um efeito que foi verificado por mais da metade de uma amostra – acrescentou o estudioso de Turim – é um efeito real. Podemos dizer que pouco mais da metade dos sacerdotes e religiosos percebe na própria comunidade o efeito Francisco, que não se esvanece com o passar do tempo, mas que perdura. Se tratarmos de traduzir o dado em termos numéricos, numa escala nacional, com referências a metade das paróquias e comunidades – conclui Introvigne – deveríamos falar que, na Itália, centenas de milhares de pessoas voltaram a se aproximar da Igreja, aceitando o convite do Papa Francisco. Um efeito maciço e, inclusive, espetacular”.
Em julho, ao se reunir com os bispos do Brasil, Francisco falou da necessidade de uma Igreja “capaz de fazer companhia”, que se colocasse “no caminho com as pessoas” e que fosse também capaz de “esquentar os corações”. E o Papa respondeu a um pároco que lhe contava sobre o aumento das confissões após suas mensagens sobre a misericórdia: “Eu não tenho nada a ver, estas são coisas que o Senhor faz”.
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Igrejas cheias pelo “efeito Bergoglio” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU