27 Setembro 2013
Segundo um recente relatório da ONU, a fome já não é o único problema global vinculado à alimentação. Outros desafios que ameaçam o desenvolvimento da economia são a obesidade e o sobrepeso, que, atualmente, atingem índices alarmantes.
A reportagem foi publicada por Adital , 18-09-2013.
Segundo dados da ONU, em âmbito mundial, a obesidade reduz o rendimento no trabalho e os gastos em saúde constituem mais de 3.5 bilhões de dólares ou 5% do PIB mundial.
Entre as causas dessa verdadeira epidemia, que, segundo alguns dados, atinge 300 milhões de pessoas com obesidade e mais de 1 bilhão com sobrepeso, os especialistas ressaltam a expansão do modo de vida ocidental e um de seus ‘males’, a alimentação não saudável ou a comida rápida.
Um dos países que tem sido obrigado a enfrentar esse problema é o Catar, que conta com 250.000 atingidos. O trabalho sedentário no escritório e a comida rica em ácidos graxos, sal e açúcar vêm substituindo o modo de vida tradicionalmente ativo. Segundo os dados publicados na página web policymic.com, hoje em dia, se diagnostica obesidade em mais de 40% das crianças em idade escolar e em 45% dos adultos nesse país árabe.
Segundo os dados do relatório ‘The State of Food and Agriculture 2013’, da FAO, baseado em estatísticas de 2008, nos Estados Unidos, 31,8% da população economicamente ativa tem sobrepeso, enquanto que, em 1995, esse índice foi duas vezes menor. Um dos países mais atingidos de origem hispânica é o México, onde os índices de obesidade já atingem 32.8%.
Em 2012, o relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Olivier De Schutter, em seu relatório propunha uma estratégia para limitar a obesidade, que inclui, entre outras medidas prioritárias a introdução de impostos aos alimentos pouco saudáveis. Assim, um imposto de 10% às bebidas não alcoólicas que prejudicam a saúde poderia reduzir as vendas em 8-10%. No entanto, as grandes empresas de produção de alimentos e de bebidas estimaram esses planos como "inoportunos”.
Entre uma das causas do sobrepeso, os especialistas assinalam o xarope de milho de alta frutose. John nOrris, um dos autores de ‘Foreign Policy’, cita o experimento com roedores, realizado na Universidade Guelph, Ontário, Canadá, que demonstra que o xarope de milho de alta frutose produz as mesmas mudanças no comportamento que àqueles produzidos pela cocaína. Esse xarope é o ingrediente básico de refrescos produzidos por companhias estadunidenses como a Coca-Cola e PepsiCo, que controlam 40% do setor, com um volume total de 532 bilhões de dólares.
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Comida rápida, novo risco para a economia global - Instituto Humanitas Unisinos - IHU