Por: Jonas | 07 Setembro 2013
O cardeal-arcebispo de Santo Domingo, Nicolás de Jesús López-Rodríguez, pediu hoje à Justiça dominicana que atue com “firmeza” e “clareza” ao investigar as denúncias de abuso sexual contra menores por parte de sacerdotes e do destituído núncio apostólico no país, Jósef Wesolowski.
Fonte: http://goo.gl/yCwDg2 |
A reportagem é publicada no sítio Religión Digital, 06-09-2013. A tradução é do Cepat.
“Estamos diante de uma situação que preocupa e envergonha os filhos e filhas da Igreja católica”, disse López-Rodríguez, que pede “perdão” às possíveis vítimas “dos desalmados que abusaram deles e a seus familiares”, numa declaração lida em uma coletiva de imprensa, na qual não esteve presente.
López-Rodríguez, que é o presidente da Conferência Episcopal Dominicana, também pede o perdão da Igreja católica e de todo o povo dominicano, “que estão observando este lamentável espetáculo com incredulidade e indignação”.
“O que vimos não tem justificativa”, acrescenta o cardeal arcebispo de Santo Domingo, sublinhando que “urge purificar a Igreja retirando do ministério aqueles que o exercem indignamente e não merecem se chamar sacerdotes”, embora defenda a honradez da maioria dos clérigos e da comunidade eclesial.
As declarações do arcebispo foram lidas um dia após a Promotoria de Santo Domingo informar que abriu uma investigação sobre Jósef Wesolowski, depois da publicação de informações jornalísticas que o acusam de pedofilia.
Mesmo assim, em seu escrito, López-Rodríguez investe contra os jornalistas que denunciaram os supostos casos de pedofilia, ao destacar que seu “único desejo é lucrarem com o estimulante e suculento pagamento que seus patrocinadores lhes oferecem, que se cevam por injuriar a Igreja católica”.
A Justiça local também investiga denúncias de possível abuso sexual com várias mulheres, por parte do sacerdote Juan Manuel de Jesús Mota, conhecido como “padre Johnny”, que foi afastado de suas funções.
Já o sacerdote de origem polaca, Alberto Gil Nojache, abandonou a República Dominicana antes que lhe fosse apresentada, em maio, uma sentença por suposto abuso de vários adolescentes.
Ontem, num comunicado, a Promotoria disse que investigará o caso, apesar de não existir denúncias apresentadas para a justiça contra o núncio, cuja destituição foi confirmada pelo porta-voz vaticano Federico Lombardi.
A decisão da Promotoria acompanha o que foi revelado sobre o ex-núncio em um programa de investigação que a jornalista Nuria Piera dirige, e que foi transmitido no último fim de semana, por dois canais de televisão.
Na última terça-feira, dom Agripino Núñez Collado, reitor da Universidade Pontifícia Católica Mãe e Mestra da República Dominicana, confirmou à imprensa que o núncio foi destituído por sua suposta relação com vários casos de abuso de menores de idade.
No entanto, hoje, o secretário executivo da Conferência Episcopal, Manuel Ruiz, esclareceu na coletiva de imprensa, em que foi lido o texto de López-Rodríguez, que não há denúncias contra Jósef Wesolowski e não revelou os motivos de sua destituição.
O secretário geral adjunto da Conferência Episcopal, José Joaquín Domínguez, desqualificou Núñez Collado no que diz respeito a este assunto.
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Cardeal de Santo Domingo pede perdão às vítimas de ex-núncio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU