Chile pede aos EUA extradição de acusado de matar Víctor Jara

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04 Setembro 2013

A Justiça do Chile pediu ontem ao governo dos EUA a extradição de um oficial reformado do Exército chileno acusado de participar do assassinato do artista e militante político Víctor Jara, morto em setembro de 1973, cinco dias depois do golpe militar que instituiu a ditadura do general Augusto Pinochet. Pedro Pablo Barrientos é suspeito de ser o "autor material" do crime.

A matéria foi publicada pelo O Estado de S.Paulo, 31-08-2013.

Ativista do Partido Comunista, Jara foi morto por 44 disparos de arma de fogo após ser preso e torturado no Estádio Chile, que atualmente leva seu nome. O corpo do artista foi encontrado em um terreno baldio.

Tenente na época do golpe, Barrientos é acusado de matar o artista juntamente com Hugo Sánchez Marmoti. Outros seis militares reformados são acusados de ter participado do crime, a maioria deles está detida, à espera do julgamento. A prisão de todos os envolvidos foi pedida em 28 de dezembro.

"Declara-se procedente requerer ao governo dos EUA a extradição do cidadão chileno Pedro Pablo Barrientos Núñez como autor do delito de homicídio qualificado cometido contra a pessoa de Víctor Lidio Jara Martínez em 16 de setembro de 1973", afirma a decisão da Suprema Corte chilena. Segundo a Justiça chilena, a última residência conhecida do suspeito foi em Daytona, na Flórida. A chancelaria chilena deve enviar o pedido para os EUA, com quem o país latino-americano mantém um pacto de extradição há mais de um século.

Ator, diretor teatral, cantor e compositor, Jara ficou famoso por canções como Te recuerdo Amanda, El cigarrito e El derecho de vivir en paz - músicas de amor e protesto social que o tornaram um ícone da cultura latino-americana. O artista foi um dos cerca de 3 mil mortos pela ditadura chilena (1973-1990). Seu assassinato foi qualificado pela Justiça chilena como crime contra a humanidade, categoria que não prevê prescrição na legislação chilena e de diversos países.