02 Agosto 2013
O papa "que veio do fim do mundo" quis envolver esses jovens, cada um em primeira pessoa, convidando-os a serem protagonistas e não espectadores do nascimento de um novo mundo, de uma Igreja cada vez mais jovem e bonita.
A opinião é do teólogo italiano Bruno Forte, arcebispo de Chieti-Vasto, na Itália. O artigo foi publicado no jornal L'Osservatore Romano, do Vaticano, 31-07-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
"Francisco, vai e repara a minha casa": as palavras que o Crucifixo de São Damião dirige a Francisco inspiram a esplêndida coreografia que abre a vigília dos jovens que participam da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em torno do papa, que escolheu o nome do santo de Assis. Um grupo de moças e rapazes, de capacidade realmente acrobática, monta uma estrutura de madeira em forma de capela, para desmontá-la depois com a mesma rapidez, a fim de apresentar os testemunhos que acompanham a cena.
O Papa Francisco parte dessa imagem: "E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esse chamado do Senhor para reparar sua casa. Mas qual casa? Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; era colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo".
Capta-se bem nessas palavras a atitude de fundo com que o bispo de Roma se colocou diante da imensa multidão de jovens que vieram para rezar com ele e para ouvir nas suas palavras a palavra de Jesus. O papa "que veio do fim do mundo" quis envolver esses jovens, cada um em primeira pessoa, convidando-os a serem protagonistas e não espectadores do nascimento de um novo mundo, de uma Igreja cada vez mais jovem e bonita.
Provocou-os com profundo amor, quase desafiando-os a não delegar a ninguém a escolha sobre a qual devem construir a sua vida e a vontade de colocá-la a serviço de uma humanidade mais justa, sadia e feliz, segundo o desígnio de Deus, Ele repetiu também Rio, com a mesma paixão de sempre, o belíssimo apelo: "Por favor, não deixem que lhes roubem a esperança!". E os jovens o ouviram extasiados.
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Jovens por um mundo novo e uma Igreja nova. Artigo de Bruno Forte - Instituto Humanitas Unisinos - IHU