Presidente eleito do Paraguai rejeita voltar a Mercosul liderado por Caracas

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13 Julho 2013

O presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, rejeitou nesta sexta-feira se reintegrar ao Mercosul em agosto, sob a alegação de que a entrega da presidência rotativa do bloco à Venezuela contraria tratados internacionais firmados pelos sócios fundadores - além do Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai.

A Venezuela ingressou no Mercosul após a suspensão de Assunção, causada pela destituição sumária do então presidente Fernando Lugo, em junho de 2012.

A reportagem é de Ariel Palacios e João Villaverde e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 13-07-2013.

"As características jurídicas do ingresso de Venezuela como membro pleno do Mercosul não correspondem às normas legais", afirmou Cartes, num comunicado.

A resposta paraguaia se deu logo depois de o líder venezuelano, Nicolás Maduro, tornar-se presidente do Mercosul e anunciar o retorno dos paraguaios para 15 de agosto.

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, tinha afirmado pouco antes que Maduro contava "com o apoio" do Brasil e dos sócios do Mercosul para enfrentar "a empreitada" que o bloco tem pela frente nos próximos seis meses.

Entre esses desafios, estão a resposta às denúncias de espionagem dos países da região por parte dos EUA e a volta do Paraguai.

Antes do anúncio do paraguaio, Dilma afirmara que os presidentes do Mercosul estariam presentes na posse de Cartes, em agosto.

A presidente afirmou que "o Paraguai e os paraguaios são parte fundamental dos destinos do Mercosul". E argumentou que o Mercosul nunca "retaliou" o Paraguai na área econômica e comercial. "Por isso temos uma base real para que o Paraguai possa voltar ao Mercosul", disse.

Os quatro países emitiram um comunicado no qual consideram que o Paraguai cumprirá os requisitos estabelecidos no Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático a partir da data na qual Cartes, eleito em abril, tomará posse o empresário Horacio Cartes, eleito presidente em abril.

O Paraguai foi suspenso há um ano em razão do impeachment de Lugo aplicado pelo Congresso em Assunção. No entender dos demais membros do bloco, o processo violou o direito de defesa de Lugo.

Bolívia

O chanceler Luis Almagro, do Uruguai, sustentou que o Mercosul está avançando na adesão da Bolívia como sócio pleno do bloco.

Segundo Almagro, a Bolívia contará com um cronograma de quatro anos para implementar sua integração ao bloco, que seria oficializada a partir de 2017.

O presidente do Uruguai, José Mujica, anfitrião da cúpula, afirmou que "este projeto não está encerrado, pois pretende se espalhar pela América". Ontem, durante a cúpula, a Guiana e o Suriname foram declarados "Estados associados".

Mujica definiu o Mercosul como "um processo com falhas, erros e irritações, embora com sucessos".