Unasul se reunirá para discutir recusa de europeus a pouso de avião de Evo

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03 Julho 2013

O governo do Equador anunciou na noite desta terça-feira (02/07) que convocará uma reunião extraordinária da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) para tratar do fechamento do espaço aéreo de quatro países europeus para o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales. A decisão França, Itália, Espanha e Portugal foi tomada devido à suspeita de que o ex-agente da CIA e da NSA (Agência de Segurança Nacional) Edward Snowden teria embarcado em Moscou junto com Morales, o que ele nega.

A informação é de Opera Mundi, 02-07-2013.

Ao impedir que a aeronave com o presidente da Bolívia pousasse em seus territórios, os quatro países obrigaram uma mudança de rota do avião para abastecimento, que foi permitido na Áustria. Em declarações à Agência Efe em Viena, Morales negou que Snowden estivesse a bordo do avião presidencial de seu país, para viajar com ele de Moscou a La Paz. "Jamais o vimos (em Moscou)", afirmou o governante no aeroporto de Viena, onde seu avião teve que aterrissar perto da meia-noite local (19h de Brasília).

O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, que anunciou a intenção de reunir a Unasul, classificou a medida dos europeus como uma “grande ofensa”.

O ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, argumentou que tal decisão viola os direitos de tráfego aéreo. “Nos comunicamos com o governo francês e eles nos disseram que [a decisão] foi por razões técnicas, mas depois averiguamos que era pela suspeita de que Snowden estivesse no avião. Fazemos essa denúncia à comunidade internacional porque a segurança do presidente esteve em risco”, afirmou o ministro boliviano.

O chanceler venezuelano, Elías Jaua, por sua vez, culpou os Estados Unidos pela situação desconfortável vivida pelo líder boliviano. “Responsabilizamos o governo dos Estados Unidos e todos os governos que impediram o trânsito aéreo do avião presidencial boliviano pela vida do presidente Morales.”

Mais cedo, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que Snowden "merece proteção internacional" por "estar sendo perseguido no mundo sem nenhuma razão".

O ex-agente da CIA e da NSA é considerado o responsável pelo vazamento dos programas de espionagem do governo norte-americano a milhões de pessoas de diversos países. Desde então, os Estados Unidos pedem a extradição de Snowden, que, segundo a versão do site Wikileaks, ainda está no aeroporto de Moscou.

Na noite desta segunda-feira (01/07), a organização de Julian Assange divulgou que Snowden pediu asilo político a 21 países, inclusive o Brasil. Hoje, porém, a maior parte deles rejeitou a solicitação.