02 Julho 2013
24 horas
“A única ideia sensata depois de semanas de ações paliativas para aplacar as manifestações populares foi a proposta de uma constituinte da reforma política capaz de colocar em questão todo o sistema atualmente em funcionamento. A ideia era tão sensata que foi abandonada em menos de 24 horas” – Vladimir Safatle, professor de Filosofia – Folha de S. Paulo, 02-07-2013.
Canhestro
“No seu lugar, ficou um plebiscito canhestro, em que a população será chamada a responder perguntas que ela não colocou. Ou alguém imagina que o povo brasileiro foi às ruas para decidir se as eleições teriam lista fechada ou aberta, voto distrital ou estadual? Há algo de piada de mau gosto nesse tipo de manobra” – Vladimir Safatle, professor de Filosofia – Folha de S. Paulo, 02-07-2013.
Constituinte, sim!
“O mais interessante no recente Datafolha, a meu ver, está no apoio de 73% dos entrevistados à convocação de uma constituinte, índice que não despertou interesse na imprensa. Considerada a margem de erro, são justos três quartos que indicam o anseio por uma reforma política tão remodeladora, e de fluência menos demorada, que requer uma via própria. Nada com os deputados e senadores” – Jânio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 02-07-2013.
Acerto de contas
“A insatisfação se volta contra a classe política, como concluíram as boas análises de Aécio e do prefeito Eduardo Paes, mas não só. Agora chama para acerto de contas também os inúmeros juristas, acadêmicos e outros contrários à constituinte” – Jânio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 02-07-2013.
Plebiscito 1
"Se houver vontade política, deputados e senadores aprovam a reforma política em 90 dias. É uma ótima ideia. Se o Congresso conseguisse aprovar rapidamente novas regras, não haveria necessidade de realização do plebiscito" - Valdir Raupp, senador, RO, presidente do PMDB em exercício – Valor, 02-07-2013.
Plebiscito 2
"Esse plebiscito só interessa ao PT" - Luciano Castro, deputado federal PR-RR – Valor, 02-07-2013.
Padrão Fifa? Não!
"Meu governo é padrão Felipão" – Dilma Rousseff, presidente da República – Valor, 02-07-2013.
A Dilma acordou
“Um dos diagnósticos, no PT, para a acentuada queda de Dilma Rousseff --maior que a média dos outros governantes --é o de que o governo está há meses ausente dos grandes debates nacionais. Em suas aparições na mídia, a presidente só falaria platitudes, gastando o verbo para revelar suas aptidões na culinária, sua paixão por novelas e seu lado "avó"” – Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 02-07-2013.
Algo mais importante
“O que os movimentos estão dizendo é apenas que há coisas mais importantes que os estádios esportivos: que os governos deveriam estar investindo ativamente em sistemas de transportes públicos para oferecer um mínimo de conforto à população que paga impostos” – Antonio Delfim Netto, economista – Valor, 02-07-2013.
Que é isso, Paulinho?
“Presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, saiu insatisfeito da reunião das centrais sindicais com a presidente Dilma Rousseff, na última quarta-feira.Em meio às reclamações, disparou uma grosseria: “Ela parece a mulher da gente.” Na roda, ninguém entendeu, e ele explicou: “Chata!” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 01-07-2013.
75 quilômetros de metrô
“Para dar uma pequena quantificação desse descaso, basta lembrar que São Paulo tem menos que 75 quilômetros de metrô. Pois bem, um quilômetro de metrô custa em torno de R$ 200 milhões. Os provavelmente subestimados R$ 15 bilhões aplicados até agora em eventos esportivos significam 75 quilômetros de metrô, parte dos quais já poderia estar servindo à população” – Antonio Delfim Netto, economista – Valor, 02-07-2013.
Má gestão
“O aumento da insatisfação pela má qualidade dos serviços públicos essenciais deveria ser vista com naturalidade, mesmo porque é menos um problema de recursos e mais atributo da má gestão do governo. O lamentável é que a "surpresa" produziu nos poderes Executivo e Legislativo uma resposta esquizofrênica hiperativa, com ilusionismos, aprovação apressada e inconsequente de subsídios, de gastos e de promessas de imaginárias receitas futuras, que todos sabem não caberão no PIB” – Antonio Delfim Netto, economista – Valor, 02-07-2013.
Revolução
“A sociedade mundial está inserida numa profunda revolução apoiada em novas tecnologias e no aumento dramático da transmissão e acumulação de informações. Ela vai produzir ainda maior redução do trabalho material e imenso aumento da liberdade individual, no sentido da mesma seleção "quase" natural que nos levou até aqui” – Antonio Delfim Netto, economista – Valor, 02-07-2013.
Inferno
“A vida cotidiana é infernal. Quatro horas para uma pessoa que mora na periferia de São Paulo, pega trem, metro, um ônibus, ou mais, para ir e voltar, é tratado como gado. O transporte público brasileiro, relativamente, é um dos mais caros do mundo e, efetivamente, um dos mais precários” – Ricardo Antunes, sociólogo, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp – Jornal da Unicamp, 01-07-2013.
Seletividade
“Os governos, de um modo quase geral, nunca investiram corretamente, quando necessário, na melhoria da mobilidade urbana. Sempre disseram que não há recursos e investiram no transporte individual, isto é, dos ricos” - Walquiria Gertrudes Domingues Leão Rêgo, socióloga, professora do IFCH da Unicamp – Jornal da Unicamp, 01-07-2013.
Ficaram de fora
“O que me chama a atenção é que, pela primeira vez, desde o final da ditadura, vejo populares na rua cobrando dos poderes estabelecidos, sobretudo do Executivo e do Legislativo, um maior respeito pelo bem público. É a primeira vez que vejo uma movimentação tão grande de massa sem uma direção direta de partidos políticos ou da igreja” – Roberto Romano, filósofo, professor do IFCH da Unicamp – Jornal da Unicamp, 01-07-2013.
+ politizados
“Do ponto de vista das formas de organização na base, o movimento atual é superior ao da minha época [‘Caras-Pintadas’]. Eles são muito mais democráticos. Na verdade, percebo na juventude que se apropria das informações por meio das redes sociais uma forte pulsão politizante” - Ruy Braga, sociólogo, professor da Usp – Jornal da Unicamp, 01-07-2013.
Cadê a UNE?
“Este é um movimento de jovens, grande parte deles universitários, mas cadê a UNE? De um lado, a representação política foi degradada por esse toma-lá-dá-cá; de outro, a cooptação dos movimentos sociais fez com que essa juventude não encontrasse canais de expressão e ficasse processando a sua insatisfação em um lugar novo, nas redes sociais” - Luiz Werneck Vianna, cientista político, professor da PUC-Rio – Jornal da Unicamp, 01-07-2013.
Nova fenomenologia
“Todos os conceitos que nós temos em termos sociológicos, históricos, por exemplo, deveriam ser suspensos para que pudéssemos realizar uma fenomenologia do que está acontecendo, uma descrição, a mais exata possível, de todas as tendências, de todas as reivindicações, de todas as iniciativas que estão aparecendo, para que possamos, daqui um tempo, ter condições de entender razoavelmente o que está acontecendo” – Roberto Romano, filósofo, professor do IFCH da Unicamp – Jornal da Unicamp, 01-07-2013.
Tudo mudou
“Nada sabemos sobre o futuro desses movimentos, pois estamos no calor dos acontecimentos, mas, quaisquer que sejam suas consequências, o país não será mais o mesmo. Saímos do cenário letárgico que nos encontrávamos.” – Ricardo Antunes, sociólogo, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp – Jornal da Unicamp, 01-07-2013.
Ainda maior
“O nível de mobilização, hoje, é excepcional. No entanto, ele será, num futuro próximo, muito superior ao dos últimos dez anos. Pode ser que haja uma acomodação, mas ela ocorrerá num patamar muito superior ao que era” - Ruy Braga, sociólogo, professor da Usp – Jornal da Unicamp, 01-07-2013.
Agenda
“A questão da mobilidade urbana entrou na agenda política como uma importante questão de política pública”- Gustavo Zimmermann, economista, professor da Unicamp – Jornal da Unicamp, 01-07-2013.
Lula Schumacher
“Antes de Dilma despencar nas pesquisas, Lula vinha repetindo, a quem o incentivava a se candidatar em 2014, que não queria ser o Michael Schumacher da política. Como se sabe, em 2009, o alemão, heptacampeão na Fórmula 1, resolveu, aos 41 anos, voltar a correr sem repetir o êxito anterior” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 01-07-2013.
Michael Kors
“Ontem, no Maracanã, a exemplo do que ocorreu em outras arenas nesta Copa, era raro encontrar preto e, provavelmente, pobre, entre o público. Teve madame indo para o jogo de salto alto e usando bolsa da grife americana Michael Kors, aquela da Carminha, de “Avenida Brasil” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 01-07-2013.
Prá frente, Brasil
“A demissão de Vanderlei Luxemburgo do Grêmio foi mais uma demonstração de recuperação do futebol brasileiro” – Tutty Vasques, humorista – O Estado de S. Paulo, 02-07-2013.
Melhor prevenir
“Já há na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados quem admita engavetar o projeto da ‘cura gay’ se o governo assegurar recursos para o desenvolvimento de uma vacina contra o homossexualismo” – Tutty Vasques, humorista – O Estado de S. Paulo, 02-07-2013.
Se Deus quiser!
“Tem pichação nova nas ruas do Rio: ‘Que venha o papa!’ Tomara que a visita do Sumo Pontífice termine tão bem quanto a Copa das Confederações” – Tutty Vasques, humorista – O Estado de S. Paulo, 02-07-2013.
Entorno
"Manifestações continuam no entorno do Maracanã". Tô adorando essa nova palavra: "entorno". Agora temos o campo, a arquibancada e o entorno!” – José Simão, humorista – Folha de S. Paulo, 02-07-2013.
Vertigem
“Não aguento mais a Globo cobrindo protesto por via aérea. Tá me dando vertigem!” – José Simão, humorista – Folha de S. Paulo, 02-07-2013.
Coxa bamba
“Agradecemos a seleção brasileira e as quengas brasileiras. Por deixarem os espanhóis de coxa bamba!” – José Simão, humorista – Folha de S. Paulo, 02-07-2013.
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