Governo terá de trabalhar para atender ao "novo padrão de exigência" das ruas, diz Gilberto Carvalho

Mais Lidos

  • Para a professora e pesquisadora, o momento dos festejos natalinos implicam a escolha radical pelo amor, o único caminho possível para o respeito e a fraternidade

    A nossa riqueza tem várias cores, várias rezas, vários mitos, várias danças. Entrevista especial Aglaé Fontes

    LER MAIS
  • Frente às sociedades tecnocientífcas mediadas por telas e símbolos importados do Norte Global, o chamado à ancestralidade e ao corpo presente

    O encontro do povo com o cosmo. O Natal sob o olhar das tradições populares. Entrevista especial com Lourdes Macena

    LER MAIS
  • Diante um mundo ferido, nasce Jesus para renovar o nosso compromisso com os excluídos. IHUCast especial de Natal

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Por: Cesar Sanson | 22 Junho 2013

Ao falar sobre os recentes protestos que tomaram as ruas do país, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, destacou que o governo terá de trabalhar para atender “ao novo padrão de exigência” e às demandas que estão surgindo nas manifestações populares.

A reportagem é de Danilo Macedo e Pedro Peduzzi e publicada pela Agência Brasil, 21-06-2013.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nessa sexta-feira, durante reunião com organizadores da Jornada Mundial da Juventude, que o governo está preocupado com o aumento da violência durante os últimos protestos ocorridos em diversas cidades brasileiras. O ministro destacou que o governo terá de trabalhar para atender “ao novo padrão de exigência” e às demandas que estão surgindo nas manifestações populares.

“O que está preocupando nos últimos momentos, sobretudo, é que as manifestações acabam sendo palco para um tipo de expressão lamentável, irresponsável de vandalismo que não podemos aceitar: ver a Esplanada [dos Ministérios] amanhecer do jeito que amanheceu, com serviços públicos afetados, bem como pontos de ônibus, símbolos públicos importantes como o Itamaraty e como a Catedral de Brasília”, disse o ministro.

Carvalho acrescentou que as manifestações representam uma insatisfação popular que, muitas vezes, é expressa de maneira “menos adequada”, e acrescentou que, além de combate à corrupção e de ética na política, as reivindicações que mais aparecem são relacionadas a melhorias nas áreas de saúde e educação. “[Esses temas] estão a exigir do governo atitudes nessa perspectiva”, disse ele ao se referir “às três esferas” de governo.

“[Os protestos] Também estão a mostrar que essa grande camada de brasileiros, que emergiu da exclusão e que passou a consumir e a se movimentar mais, quer novos direitos. É natural e bom que seja assim porque as pessoas não se contentam com o meio do caminho. Portanto nós mesmos criamos, digamos assim, condições para que houvesse um novo padrão de exigência, e temos agora de correr atrás para atender a essas demandas”, argumentou o ministro.

Segundo ele, a atitude do governo federal, desde o primeiro momento, foi a de “ir ao encontro das manifestações, abrir o Palácio [do Planalto] para conversas com lideranças, tendo a compreensão de que se trata de um novo tipo de movimento, um novo tipo de liderança e de uma nova forma de organização”.

Sobre o encontro de jovens da Igreja Católica, marcado para julho no Rio de Janeiro, Carvalho espera que não ocorra em um clima como o atual. Ainda segundo ele, há dificuldades, por parte do Poder Público, de saber como estará o cenário à época. “Temos confiança de que vamos superar todos os problemas e de fato fazer uma jornada que corresponda a essa expectativa, que sempre tivemos, de um evento que signifique um marco de mobilização pela esperança, pela paz, pela vocação da juventude em se engajar.”