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Testemunhas dos massacres de maias reabrem feridas na Guatemala

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01 Abril 2013

 

As testemunhas, cerca de uma dezena por dia, precisam desencavar na memória o horror dos massacres que ensanguentaram a Guatemala há 30 anos. O ex-ditador Efrain Ríos Montt, 86, ouve impassível os relatos dos sobreviventes da tática de "terra queimada", que ele havia ordenado para combater a guerrilha comunista nas terras altas habitadas pelos indígenas maias.

Desde a abertura do julgamento do general, acusado de genocídio e de crimes contra a humanidade, perante um tribunal de "alto risco", no dia 19 de março, 62 pessoas deram seu testemunho. Mais de 200 depoimentos são esperados, e serão apresentados relatórios de peritos e centenas de certidões de exumações.

A reportagem é de Jean-Michel Caroit, publicada no jornal Le Monde e reproduzida pelo Portal Uol, 28-03-2013.

Efrain Ríos Montt, que esteve no poder entre 23 de março de 1982 e 8 de agosto de 1983, e seu ex-chefe de inteligência militar, o general reservista José Maurício Rodriguez, são acusados de serem responsáveis pelo massacre de 1.771 maias da etnia Ixil em Quiché, no noroeste da Guatemala.

"Vim para exigir justiça", começou Elena Caba, na segunda-feira (25). Assim como a maioria dos sobreviventes, ela falava em ixil e sua declaração foi traduzida para o espanhol por um intérprete. Ela contou como soldados massacraram 96 pessoas de seu vilarejo de Xel, no dia 3 de abril de 1982. Seus pais e seus três irmãos foram mortos a tiros e a golpes de facão. "As crianças e os bebês foram jogados em um rio, onde se afogaram." Ferida por bala e com a perna fraturada, Elena Caba, na época com 8 anos, conseguiu chegar até a margem e se esconder.

Francisco Pablo Carrillo e outros sobreviventes contaram como os soldados separavam as jovens para estuprá-las antes de assassiná-las. "Os soldados chegaram no dia 3 de fevereiro de 1982, obrigaram os moradores a entrar em suas casas e então atearam fogo, matando 264 pessoas", contou Juan Sajiq Aguilar. Os sobreviventes fugiram para as montanhas. "Recém-nascidos morreram de fome e de frio, nossa única alimentação eram raízes e mato e os aviões nos bombardeavam", se lembrou Juan Raymundo.

Segundo todos os testemunhos, os militares incendiavam os vilarejos e os campos de milho e matavam os animais. No dia 25 de março de 1982, 35 pessoas foram massacradas no vilarejo de Canaquil. "Os soldados arrancavam o coração dos mortos antes de empilhá-los em uma casa e atear fogo", lembra Nicolas Brito.

Os advogados do general fizeram diversas manobras para adiar o julgamento. Eles tentaram, sem sucesso, rejeitar a presidente do tribunal, Jazmin Barrios. Um deles, Francisco Palomo, perguntou a uma testemunha se ela havia sido paga. "Todos os testemunhos dizem a mesma coisa, será que fizeram um curso?", ironizou. Os defensores insistiram na presença de indígenas maias no exército e nas milícias paramilitares para contrariar a acusação de genocídio. Eles repetiram que nenhum elemento provava que as ordens vinham do general Ríos Montt.

O Ministério Público e os advogados das vítimas garantiram que a responsabilidade do ex-ditador será estabelecida graças aos testemunhos, aos peritos e a documentos militares com sigilo retirado. A acusação se baseia em três planos de campanha, o Victoria 82, o Firmeza 83 e a Operação Sofia, que detalham a estratégia contra insurrecional do estado-maior, cujo chefe era o general Ríos Montt.

Sem a coragem da procuradora-geral Claudia Paz y Paz e as pressões das organizações de defesa dos direitos humanos, teria sido difícil acabar com a impunidade que protegeu o general durante três décadas. Mas o julgamento tem esbarrado em fortes resistências.

A organização patronal CACIF ressaltou que "os atos de violência que caracterizaram o conflito armado não podiam em nenhum caso ser classificados de genocídio". Uma posição partilhada pelo presidente guatemalteca Otto Pérez Molina. "Não houve genocídio na Guatemala, pessoalmente nunca recebi ordens de ir massacrar um povo", declarou.

General reservista, lotado na província de Quiché durante o conflito que resultou em mais de 200 mil mortos entre 1960 e 1996, ele foi acusado de violações dos direitos humanos, algo que sempre negou.

 


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