21 Março 2013
Membro da direção nacional do PT, Valter Pomar criticou nesta quinta-feira, 21, as declarações do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, feitas ao Estado sobre ele achar "incompreensível" que o partido misture regulação da mídia com investimentos e nas quais ele repudiou um marco regulatório para jornais e revistas.
A reportagem é de Ricardo Chapola e Bruno Lupion e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 22-03-2013.
Em seu blog, Pomar afirmou que "incompreensível é postergar para um futuro incerto o marco regulatório". No começo do mês, o PT fez um ofício conclamando o governo a "reconsiderar" a decisão de adiar o envio ao Congresso do projeto que cria o marco regulatório das comunicações.
"Se coubesse adotar o termo "incompreensível" utilizado pelo ministro, poderíamos dizer que incompreensível é postergar para um futuro incerto o marco regulatório", escreveu Pomar.
O dirigente petista também acusou o ministro de "beneficiar as empresas que formam o oligopólio que controla a comunicação de massa no Brasil".
"Ao reduzir a regulação apenas às questões de combate à discriminação e de estímulo à diversidade regional, o ministro capitula a uma situação de fato que só beneficia o status quo".
O secretário-geral do PT, Paulo Teixeira, disse que não há conflito entre governo e PT nas discussões sobre o marco regulatório à mídia e que o objetivo do partido seria apenas regularizar os artigos referentes à comunicação social na Constituição Federal - "uma bandeira histórica do PT".
"Nunca ouvi falar que o ministro ou a presidente sejam contrários a esse debate, que está na Constituição Federal e mais cedo ou mais tarde será feito. Deve ser um problema de oportunidade". Segundo Teixeira, "o diálogo está sendo ajustado".
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Dirigente do PT critica ministro e volta a defender regulação da mídia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU