Na última quarta-feira, aconteceu um protesto em frente à Embaixada do Canadá na República Dominicana para exigir que o Estado renegocie ou anule o contrato de concessão de uma mina de ouro à transnacional canadense Barrick Gold.

A reportagem está publicada no sítio LibreRed, 14-02-2013. A tradução é do Cepat.

“Não estamos dispostos a continuar entregando o nosso ouro; desta vez não por espelhos, mas por miragens”, disse Fidel Santana, dirigente da Frente Ampla, uma das organizações que participaram do protesto.

Com cartazes em que exigiam que “a Barrick pague ou vá embora”, os manifestantes se reuniram em frente à Embaixada do Canadá e alguns de seus representantes, entre eles o deputado Juan Hubieres, da oposição, entregaram uma carta dirigida ao embaixador canadense, George Boissé, na qual descrevem supostas irregularidades no contrato de concessão da mina.

Os manifestantes realizaram um plebiscito não oficial e para isso colocaram uma urna onde os transeuntes podiam depositar seu voto a favor ou contra a concessão mineira.

“Hoje se inicia um plebiscito do qual todo o mundo pode participar”, disse o deputado Huberes, ao anunciar que a urna será levada para diferentes cidades a fim de que os cidadãos e cidadãs possam votar.

As mineradoras Barrick Gold e Goldcorp, em 2005, a concessão para explorar durante 25 anos a mina de ouro, prata e zinco de Pueblo Viejo, 95 quilômetros ao norte da capital, e em agosto passado começaram a extração de minerais.

De acordo com o contrato de concessão, a Barrick pagará ao Estado, uma vez que tenha recuperado seu investimento total e obtido 10% de lucros, 3,2% do direito de operações e 28,75% dos lucros líquidos.

Santana, da Frente Ampla, havia solicitado na terça-feira ao Congresso que discuta uma proposta para nacionalizar 51% da mina de Pueblo Viejo, que esteve em operação por parte do Estado de 1975 a 1999.

Os protestos da quarta-feira fazem parte de uma longa série de manifestações populares que desde 2009 exigem a renegociação do contrato com a mineradora.