Por: Cesar Sanson | 17 Janeiro 2013
“A tecnologia utilizada em Angra 3 não apenas não é segura, como também defasada uma vez que projeto da usina foi concluído há quatro décadas e não passou por atualização”. O comentário é de Marina Yamaoka e publicado no sítio do Greenpeace, 16-01-2013.
Eis o artigo.
Após o governo alemão ter desistido do empréstimo que seria feito para a construção da usina nuclear de Angra 3, a Eletrobras assinou um contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal no valor de R$3,8 bilhões para a aquisição de máquinas, equipamentos importados e contratação de serviços.
A notícia é absurda em um país como o Brasil que tem um elevado potencial ainda a ser explorado de fontes renováveis. O país não precisa usar dinheiro para investir em energia perigosa quando este poderia ser empregado nas construções de casas próprias e em programas de saneamento básico da Caixa. Toda a atual demanda de energia elétrica poderia ser atendida com apenas 5% de todo o potencial de energia solar disponível no país. Não há necessidade ou motivos plausíveis que justifiquem os investimento em uma energia como a nuclear, cara e suja.
Em abril de 2012, o governo alemão havia prorrogado a decisão sobre o empréstimo porque o estudo de segurança da usina apresentado pela Eletronuclear foi considerado insuficiente e incompleto. A tecnologia utilizada em Angra 3 não apenas não é segura, como também defasada uma vez que projeto da usina foi concluído há quatro décadas e não passou por atualização.
Ainda vale ressaltar a controversa importância desta energia na matriz brasileira já que Angra 1 e Angra 2 estão atualmente desligadas para manutenção em um momento de baixas reservas nas hidrelétricas quando deveriam, na verdade, contribuir para a geração de energia nacional.
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Investimento controverso em Angra 3 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU