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18 Dezembro 2012

"Realmente preocupante na situação econômica do Brasil não é a lentidão com que seu PIB vem aumentando, mas a falta de longevidade para essa extraordinária capacidade de converter crescimento em desenvolvimento. Tenebroso é o cenário para as próximas gerações", escreve José Eli da Veiga, professor dos programas de pós-graduação do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI/USP) e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em artigo publicado no jornal Valor, 18-12-2012.

Segundo ele, "o mais sério problema nacional está nessa contradição entre o inexorável imediatismo da dinâmica política democrática e a serenidade requerida pela ação estratégica. Diante dele, tanto os recentes posicionamentos das entidades de classe, sejam patronais ou trabalhistas, quanto os comportamentos da intelectualidade e da mídia, são indícios de profunda debilidade da sociedade civil".

Eis o artigo.


Tão suspeita quanto o chilique da revista "The Economist" é a avalanche de artigos sobre o desempenho econômico do Brasil, inteiramente ofuscados por seu Produto Interno Bruto (PIB) "fraco", "medíocre", "pífio", "pigmeu", "raquítico", "tíbio", "tímido", ou "Pibinho".

Todas essas variantes revelam quanto é mais cômodo deixar-se levar pelo reducionismo contábil do que atinar para as reais influências das variações do PIB sobre ao menos oito determinantes do desenvolvimento: coesão social, educação, emprego, estabilidade, governança, igualdade, infraestrutura (com realce para o saneamento) e saúde. Oito dimensões da qualidade do crescimento.

O pressuposto reducionista é que, em todas as sociedades e momentos históricos, as taxas de variação do PIB teriam impactos diretamente proporcionais no agregado das oito dimensões. Crendice cabalmente desmentida pela atual qualidade do crescimento econômico do Brasil: a melhor do mundo, quase idêntica à suíça, que ocupa o segundo lugar.

Dos países que participam diretamente do G-20, sete têm desempenhos não muito distantes do suíço-brasileiro: França, Indonésia, Austrália, Coreia do Sul, Reino Unido, Turquia, Canadá e Alemanha. Nenhum dos outros quatro Brics chega sequer a ter qualidade de crescimento acima da média mundial. Na China e na Índia ela chega a ser comparável à do Haiti.

Realmente preocupante na situação econômica do Brasil não é a lentidão com que seu PIB vem aumentando, mas a falta de longevidade para essa extraordinária capacidade de converter crescimento em desenvolvimento. Tenebroso é o cenário para as próximas gerações.

Entre as 150 economias que dispõem de estatísticas confiáveis, a brasileira despenca do 1º para o 65º lugar ao serem considerados os vetores que mais condicionam a produtividade futura: preparo e instituições necessários às inovações tecnológicas e ao empreendedorismo, capacidade de investimento, equilíbrio das finanças públicas, manejo macroeconômico, rede de proteção social e demografia.

Na avaliação de longo prazo, o Brasil até se sai melhor no G-20 do que Indonésia, África do Sul e Índia. Mas praticamente empata com a China e sofre o vexame de perder feio para Rússia, Turquia, Argentina e México.

Então, prever se nos próximos dois anos a taxa de crescimento voltará ou não a patamar acima de 3% é muito menos relevante do que parece, por mais que tal prognóstico seja absolutamente transcendente para quem está plugado nas próximas eleições.

Sob o prisma do interesse nacional e do bem-estar das futuras gerações, importa muito mais entender as razões da imensa distância que separa a atual excelência na tradução de crescimento em desenvolvimento e o sombrio prognóstico sobre o alcance histórico de tão virtuoso desempenho.

Seria muita pretensão arriscar alguma resposta simples para questão dessa complexidade. O que dá para fazer aqui é chamar a atenção do leitor para a gravidade que adquiriu no Brasil o choque - sempre recorrente em sociedades democráticas - entre ciclo eleitoral e orientação estratégica.

É inevitável que prognósticos sobre as taxas de aumento do PIB para os próximos dois anos sejam absolutamente cruciais para os 70 mil políticos com mandatos eletivos e suas vastas legiões de assessores, correligionários e simpatizantes. Já para quase todo o restante da sociedade - a começar pelo empresariado - deveria parecer muito mais decisivo descobrir de que maneira o potencial de longo prazo do Brasil poderia se aproximar dos do Chile e do Uruguai, mesmo que não dê para sonhar com os de Cingapura, Hong Kong ou Coreia do Sul. Muito menos com os dos países do primeiro mundo, isolados na dianteira global, sob a vanguarda dos escandinavos.

O mais sério problema nacional está nessa contradição entre o inexorável imediatismo da dinâmica política democrática e a serenidade requerida pela ação estratégica. Diante dele, tanto os recentes posicionamentos das entidades de classe, sejam patronais ou trabalhistas, quanto os comportamentos da intelectualidade e da mídia, são indícios de profunda debilidade da sociedade civil.

Em tal contexto, a principal diretriz da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) deveria ser mobilizar pesquisadores de todas as áreas com o objetivo de se investigar por que este país chega a vencer o campeonato mundial de qualidade do crescimento e simultaneamente projetar futuro tão incerto, para dizer o mínimo.

Contudo, por mais meritórios que sejam os programas da SAE e do vinculado Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), eles não poderiam estar mais alheios a parecido desafio.

Fica então uma sugestão de fim de ano para quem queira entender melhor a cegueira induzida pelo reducionismo contábil: aproveitar alguns momentos do recesso que se avizinha para refletir sobre os resultados da pesquisa "From Wealth to Well-Being", apresentados em relatório recém-lançado pelo The Boston Consulting Group.


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