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O retorno de Deus (com cinco almas)

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14 Novembro 2012

No Nepal, a deusa Kumari sobreviveu à revolução maoísta. Todos os anos, em Katmandu, uma menina, escolha aos dois anos e segregada como deusa viva até a puberdade, é levada em procissão por três dias. Segundo a tradição, no auge da festa, a deusa-menina abençoa o rei, marcando-lhe a testa com um sinal vermelho. Depois do fim da monarquia hindu em 2008 e a instauração de uma república secular, o rito não mudou. Sempre cabe a Kumari legitimar ritualmente o poder, mesmo que quem receba a bênção agora seja o presidente.

A reportagem é de Marco Ventura, publicada no caderno La Lettura, do jornal Corriere della Sera, 11-11-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Os ativistas dos direitos humanos pediram que a Suprema Corte proteja os direitos das menores reformando o rito de Kumari. Os juízes nepaleses reconheceram a jurisdição do Estado sobre a religião, no interesse de uma reforma social eficaz, mas decidiram que, no caso de Kumari, a mudança deve ocorrer a partir de baixo, da comunidade, no respeito à tradição.

O caso do Nepal é apenas um dos milhares exemplos de um mundo contemporâneo em que cada vez é mais difícil distinguir entre secular e religioso. Em toda parte, está superado o paradigma de uma modernidade que se realiza separando uma esfera pública secular, lugar dinâmico da troca política e econômica, de uma esfera privada religiosa, lugar estático do rito e da obediência.

Esse paradigma, com ou sem razão identificado com a modernização ocidental, não é o único caminho possível. Em 2000, o sociólogo israelense Shmuel Eisenstadt sugeriu o paradigma alternativo das "modernidades múltiplas": as sociedades mudam e se adaptam aos tempos modernos segundo experiências e modelos diferentes. Segundo outros estudiosos, de Casanova a Taylor, uma leitura da secularização como processo irreversível de desautorização do sagrado não capta a realidade. As nossas sociedades, sugeriu Habermas, são "sociedades pós-seculares", nas quais o religioso e o secular convivem, se cruzam e se fecundam.

Um livro que será lançado em dezembro (Multiple Modernities and Postsecular Societies, Ed. Ashgate, 200 páginas) recorre às duas hipóteses das "modernidades múltiplas" e das "sociedades pós-seculares" para retratar um Deus de cinco almas. Os dois organizadores, Massimo Rosati, da Universidade de Roma Tor Vergata, e Kristina Stoeckl, da Universidade de Viena, nos convidam a seguir os autores dos vários capítulos em uma viagem ao redor do mundo.

Ugur Kömeçoglu estuda os dois modelos opostos turco e iraniano, expressos pelo véu proibido nos escritórios turcos e obrigatórios no Irã. O sociólogo de Istambul enfatiza como a hegemonia do Estado na definição do secular e do religioso é posto em discussão por baixo, nas práticas sociais. Tanto a laicidade turca reislamizada, quanto o xiismo de Estado iraniano, segundo Kömeçoglu, sofrem hibridizações entre o novo Islã e os costumes da modernidade ocidental: dos hambúrgueres especiais dos McDonald's turcos aos outdoors de Khomeini ao lado dos fast-foods de Teerã, da publicidade televisiva dos hotéis para muçulmanos na costas turcas ao Irã ao comércio da Zam Zam Cola, blasfemo casamento entre a bebida-símbolo do consumismo ocidental e a água sagrada da peregrinação a Meca.

Alexander Agadjanian relata as tentativas passadas de impor à Rússia a modernidade ocidental e denuncia o paradoxo atual da crescente ambição pública da Igreja russa em um país cada vez mais socialmente secularizado. O conservadorismo social e o ativismo político são a resposta da ortodoxia russa à dupla ameaça que vem da Europa secular e da crescente multirreligiosidade do país: esse, segundo Kristina Stoeckl, é mais um exemplo da alternativa religiosa à modernidade liberal-democrática.

Percursos semelhantes de reinvenção de uma religiosidade moderna nas sociedades pós-seculares são propostos por Chiara Letizia para o Nepal maoísta de Kumari e por Peter Wagner para o Brasil e a África do Sul. Na Nigéria descrita pelo sociólogo de Pádua Enzo Pace, as Igrejas pentecostais e carismáticas forjam uma modernidade emancipada da conotação dogmática e colonial da tradição católica e protestante. Nas megaigrejas, os fiéis superam o âmbito estreito da comunidade territorial e descobrem que a energia da massa alimenta uma fé livre e individual. Dominar o líder: profeta e pastor, virtuoso da improvisação e gerente de um Deus que gosta de se espelhar no sucesso.

No fim da viagem, Massimo Rosati e Kristina Stoeckl nos mostram as cinco almas de um Deus pós-secular protagonista das modernidades.

A primeira é a de um Deus que é moderno porque se põe em discussão, se reinventa, dialoga com a diversidade; espreme da tradição uma abordagem positiva e tolerante ao mundo.

Na sua segunda alma, esse Deus abraça o secular e o religioso: é feito de ambos.

A terceira alma é a de um Deus que se recusa a ser relegado ao privado e que desafia a concepção ocidental de um Estado neutro e de uma esfera pública sem religião, onde um muro divide o espaço do direito do espaço do sagrado.

A quarta é a alma de um Deus plural, repleto de diferença religiosa, aberto às crenças indígenas e às imigradas, hostil ao monopólio exclusivista de Igrejas e de fés.

Por fim, a quinta alma do Deus pós-secular é a da transcendência, da proposta de um olhar que vai além do mundo e, por isso, sabe mudá-lo.

Este Deus de cinco almas, em grande parte, é coerente com o espírito da democracia elaborado no Ocidente, sobretudo no cadinho protestante. No entanto, defende o filósofo político Alessandro Ferrara, sobre o primado dos direitos e sobre o valor sociopolítico do do conflito e do dissenso, princípios fundamentais da democracia ocidental, a distância é grande entre o Deus pós-secular global e o projeto liberal-democrático.

Esse é o maior desafio para a Europa, em um mundo em que, escrevem Rosati e Stoeckl, "o ponto de vista religioso e secular são chamados a viver juntos e a viver juntos na diversidade". Não devemos mais temer o velho Deus. Mas ainda não podemos confiar no novo.


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