30 Outubro 2012
No circuito de palestras, eu tenho uma piada favorita para capturar o ritmo lento em que as rodas giram no Vaticano: "Se você ouvir que o fim do mundo está próximo, vá para Roma, porque lá ele vai chegar por último". Em conclusão, o inverso também é verdadeiro: se algo realmente chega em Roma, geralmente você pode ter a certeza de que ele já está na crista da onda em outro lugar.
A reportagem é de John L. Allen Jr., publicada no jornal National Catholic Reporter, 26-10-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Essa pitada de sabedoria vem à mente à luz de uma conferência do dia 21 na Università della Santa Croce, em Roma, sobre transparência e responsabilidade na administração do dinheiro da Igreja, promovida pelo Opus Dei. Com efeito, a conferência é um sinal de que o impulso por uma maior transparência, que já se tornou uma "boa prática" em muitas partes do mundo, agora também está se tornando uma sabedoria convencional em Roma.
Durante um discurso que eu fiz na semana passada em um encontro internacional dos Carmelitas, eu argumentei que a transparência financeira estaria entre as megatendências da Igreja no século XXI por três razões:
Esse ponto ecoou na conferência da Santa Croce por parte do padre Daniel Mahan, diretor do O'Meara Ferguson Center for Catholic Stewardship, da Marian University of Indianapolis, que disse que a defesa da transparência se assenta sobre dois pilares.
Primeiro, disse, a administração transparente e responsável dos bens temporais da Igreja faz com que esses bens cresçam. "Isso não é um milagre, mas sim um simples fato da vida", afirmou.
Segundo, argumentou, "quando os membros da Igreja, especialmente os leigos, têm uma compreensão clara e precisa das realidades temporais da Igreja que eles amam, eles são muito mais propensos a apoiar a Igreja e a sua missão".
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Transparência e responsabilidade na gestão dos bens eclesiais - Instituto Humanitas Unisinos - IHU