Dilma diz que obra de Estreito é fruto de teimosia

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18 Outubro 2012

O grupo GDF Suez inaugurou ontem, no rio Tocantins, na fronteira entre os Estados do Maranhão e do Tocantins, a hidrelétrica de Estreito, em cerimônia que contou com a presença da presidente Dilma. A hidrelétrica, na qual foram investidos R$ 5 bilhões e tem capacidade para produzir 1,087 mil MW médios, deveria estar concluída inicialmente em 2008, mas problemas geológicos e outros contratempos adiaram a construção e fizeram com que o empreendimento custasse R$ 1 bilhão acima do orçamento previsto.

A reportagem é de Cláudia Facchini e publicada pelo jornal Valor, 18-10-2012.

Em seu discurso, a presidente Dilma afirmou que a construção da hidrelétrica foi fruto de "determinação, empenho e teimosia". Conforme ela mesma lembrou, Estreito foi licitada em 2002, quando ainda vigorava o antigo regime do setor elétrico, e começou a ser construída um ano após a implementação do novo marco regulatório, em 2003, que foi criado durante a gestão de Dilma à frente do Ministério de Minas e Energia. Por ter passado pela transição entre os dois regimes, a geração de Estreito foi apelidada de "energia botox", por não ser nem energia "velha", das antigas hidrelétricas, nem energia "nova", das novas usinas, licitadas após 2003.

Em seu discurso, o presidente da GDF Suez, Ricardo Bähr, disse que o grupo gostaria de renovar a concessão de Estreito quando vencer o seu contrato, o que só acontecerá em 35 anos. Em seu pronunciamento, Dilma aproveitou a oportunidade para provocar as empresas que possuem concessões que vencem em 2015 e cuja renovação foi alvo da Medida Provisória 579, assinada pela presidente no dia 11 de setembro. "Terei 99 anos quando vencer o contrato dessa usina e espero viver até lá. Quando você assina o contrato, está escrito lá que [a concessão] volta para o poder concedente. O certo é devolvê-lo para a população", afirmou Dilma, lembrando que todos os brasileiros irão pagar pela hidrelétrica durante os 35 anos de concessão.