Classe média movimenta R$ 1 trilhão, indica estudo

Mais Lidos

  • “A emoção substituiu a expertise, e nosso cérebro adora isso!” Entrevista com Samah Karaki

    LER MAIS
  • “Marco temporal”, o absurdo como política de Estado? Artigo de Dora Nassif

    LER MAIS
  • A desigualdade mundial está aumentando: 10% da população detém 75% da riqueza

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

20 Setembro 2012

A classe média brasileira deve movimentar neste ano R$ 1 trilhão, segundo estimativas do governo. São 104 milhões de brasileiros, ou 53% da população total do país. Há dez anos, eram 38%.

Se esse contingente de pessoas formasse um país isolado, ocuparia o 18° lugar no ranking das 20 nações com maior consumo do mundo - o "G20 do consumo", segundo dados do Banco Mundial.

A reportagem é de Claúdia Rolli e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 20-09-2012.

Em 2011, o PIB brasileiro foi de R$ 4,1 trilhões em valores correntes.

Quando considerado o critério de países mais populosos do mundo, o Brasil aparece como o quinto maior.

"Se a classe média brasileira isoladamente fosse um país, seria o 12º mais populoso do mundo, após o México", diz o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.

"A adversidade é grande nesse grupo, por isso a meta é entender essa faixa de renda para desenvolver políticas públicas customizadas, econômicas e sociais."

Os dados serão apresentados hoje em Brasília durante o lançamento do projeto Vozes da Classe Média, da secretaria, em parceria com o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

A cada dois meses serão divulgados estudos para discutir políticas públicas para a nova classe média do país.

A SAE levou quase um ano para definir critérios para classificar a população por faixa de renda. Pertencem à classe média famílias com renda per capita de R$ 291 a R$ 1.019. Essa classe foi dividida em três subgrupos: a baixa classe média (renda per capita de R$ 291 a R$ 441), a média (de R$ R$ 441 a R$ 641 por pessoa) e a alta classe média (de R$ 641 a R$ 1.019).

Na estimativa de que a classe média deve movimentar R$ 1 trilhão no ano, os técnicos consideram projeções feitas partir das contas nacionais divulgadas pelo IBGE.

O cálculo considera produtos e serviços consumidos, além do crédito disponível para essa faixa de renda.

A maior parte da renda da classe média (46,1%) está no Sudeste. Dados do instituto Data Popular, que participa do projeto, mostram que o Nordeste representa 22,2%.

O Sul com 16,4%; o Centro-Oeste, 8,4%, e o Norte, 6,9%.

Renato Meirelles, sócio e diretor do instituto, chama a atenção para o fato de 71% da classe média informar em pesquisas que "não vê grandes problemas" em pagar seus parcelamentos.

A leitura é ambígua. "As pessoas podem não ter a cultura financeira de lidar com crédito. Ou, como fazem bicos e consideram essa fonte de renda em suas previsões, sabem que não vão se enforcar", diz Meirelles.