12 Setembro 2012
Morreu em sua casa, em Estrasburgo, Gabriel Vahanian (nascido em Marselha, em 1927), um dos protagonistas da "teologia da morte de Deus".
A reportagem é de Armando Torno, publicada no jornal Corriere della Sera, 11-09-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Esse movimento encontrou consenso e sucesso nos anos 1960, levando às extremas consequências a lição de Friedrich Nietzsche e de Dietrich Bonhoeffer.
O seu livro de 1961, The Death of God: The Culture of Our Post-Christian Era [A morte de Deus: A cultura da nossa era pós-cristã], inspirou a corrente acadêmica norte-americana homônima e teve a honra de uma capa da revista Time.
Vahanian era membro da Igreja Reformada Protestante. Estudou teologia em Princeton, depois ensinou 26 anos na Syracuse University (Estado de Nova York), depois na Universidade Marc Bloch de Estrasburgo, onde encerrou a sua carreira.
As suas pesquisas nunca abandonaram as ideias radicais sobre a secularização, defendendo que, no mundo contemporâneo, o espaço do sagrado se dissolveu, deixando um ser humano "adulto" e "autônomo". Mas ele nunca se esqueceu de Deus; ou, ao menos, tornou-se o centro da sua reflexão.
Após o livro de 1961, Vahanian publicou Espera sem Deus (1964), Não há outro Deus (1966), A condição de Deus (1969), Deus e Utopia (1977) e O Deus anônimo ou o medo das palavras (1989).
Ele influenciou uma geração de teólogos, de William Hamilton a Thomas Altizer, passando por Harvey Cox. Depois do sucesso da sua fase, abriu espaço uma outra pergunta: "Onde está Deus?", e muitos se perguntaram se há um "além" da "morte de Deus". A pesquisa ainda está em andamento.
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Vahanian, o teólogo protestante que anunciou a ''morte de Deus'' - Instituto Humanitas Unisinos - IHU