12 Setembro 2012
Depois da liberalização do Papa Ratzinger em 2007, no sábado, 3 de novembro, cerca de 4.000 aderentes ao movimento Summorun Pontificum estarão na Basílica de São Pedro para uma celebração de ação de graças.
A reportagem é de Alessandro Speciale, publicada no sítio Vatican Insider, 11-09-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Os organizadores esperam entre "3.000 e 4.000 pessoas": hoje mesmo, asseguram, são muitas e de todo o mundo as adesões à primeira peregrinação internacional do "povo do Summorum Pontificum", os católicos ligados à missa de São Pio V – o rito latino em vigor antes da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II – que querem, assim, agradecer ao Papa Bento XVI por lhes ter dado novamente plena "cidadania" na Igreja com o seu motu proprio Summorum Pontificum de 2007.
Apresentando o evento à imprensa, o capelão da peregrinação, o padre francês Claude Barthe, explicou que o encontro irá encerrar com uma missa, naturalmente na "forma extraordinária" do rito romano, celebrada na Basílica de São Pedro, no próximo sábado, 3 de novembro. A celebração já foi autorizada pelo arcipreste da basílica, o cardeal Angelo Comastri, mas ainda não se sabe quem a celebrará nem em qual altar. "Depende do número de pessoas", explicou o padre Barthe.
Mas não será o primeiro "retorno" do rito antigo desde a liberalização realizada pelo Papa Ratzinger, porque nos últimos anos ao menos em algumas ocasiões se celebrou com a mensagem de Pio V em São Pedro.
A peregrinação é promovida pela Federação Internacional Una Voce e registrou o apoio de alguns grupos, como o francês Notre-Dame-de-Chretienté, que todos os anos, em Chartres, organiza um encontro com cerca de 10 mil participantes.
Para o evento romano, que começa no dia 31 de outubro para culminar com a missa no Vaticano, o padre Barthe antecipou que as adesões já chegaram de uma dúzia de países, incluindo Filipinas, Brasil e Hungria: "Os Cavaleiros de Colombo da Pensilvânia, com eficiência norte-americana, já fizeram todas as suas inscrições".
O objetivo da peregrinação será acima de tudo dar graças a Bento XVI a cinco anos da promulgação do Summorum Pontificum. Mas também será a ocasião, explicou o sacerdote, para manifestar o "amor à Igreja" e a "fidelidade à Sé de Pedro", porque "estamos bem conscientes de que as dificuldades que o Santo Padre enfrenta hoje são pesadas".
Enfim, o "povo do Summorum Pontificum" quer dar a sua contribuição à "nova evangelização". De fato, destacam os organizadores, a missa antiga em latim é "sempre jovem" e, por isso, atrai muitíssimos jovens e muitíssimas vocações ao sacerdócio. O padre Barthe dá o exemplo da França: de 710 seminaristas diocesanos, nada menos do que 140 estudam em seminários dedicados à missa tradicional – incluindo 50 no seminário lefebvriano da Fraternidade São Pio X –, ou seja, "cerca de 16%". Por outro lado, sublinha o padre, os "novos movimentos" como a comunidade Emmanuel ou o Caminho Neocatecumenal atraem, sim, muitos jovens, mas são responsáveis por apenas 50 vocações.
E muitos dos novos sacerdotes também são atraídos por ambas as formas do rito romano, acrescenta o sacerdote: "Na França – conclui – não é um exagero dizer que ao menos um terço dos candidatos ao sacerdócio diocesano podem ser considerados como Summorum Pontificum".
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Tradicionalistas: o retorno da missa de Pio V a Roma - Instituto Humanitas Unisinos - IHU