Por: Jonas | 29 Junho 2012
Trata-se de um diálogo lento, mas constante. Em razão da solenidade dos santos apóstolos, Pedro e Paulo, Bento XVI recebeu no Vaticano uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, enviada pelo patriarca Bartolomeu I, no marco da troca de visitas entre a Igreja de Roma e o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, por ocasião das festas de seus respectivos patronos.
A reportagem é de Luca Rolandi, publicado no sítio Vatican Insider, 28-06-2012. A tradução é do Cepat.
A delegação, que entregou ao Papa uma mensagem do Patriarca, era composta, segundo o que aponta o Vatican Information Service, pelo metropolita da França, Emmanuel Adamakis; o bispo Ilias Katre, de Philomelion (EUA); e o reverendo Paisios Kokkinakis, do Santo Sínodo do Patriarcado Ecumênico.
A festividade dos santos Pedro e Paulo, disse Bento XVI aos representantes do Patriarcado Ecumênico “nos dá a oportunidade de agradecer ao Senhor as obras extraordinárias que fez e continua fazendo por meio dos apóstolos na vida da Igreja. Sua pregação, selada pelo testemunho do martírio – observou – é a base sólida e perene sobre a qual se assenta a Igreja, e na fidelidade ao depósito da fé, que nos tem transmitido, encontramos as raízes da comunhão que já experimentamos entre nós”.
“Em nosso encontro – ao mesmo tempo em que pedimos a intercessão dos gloriosos apóstolos e mártires, Pedro e Paulo, nossa súplica é para que o Senhor [...] nos conceda chegarmos preparados para o dia abençoado em que possamos compartilhar a mesa eucarística – damos-lhe graças pelo caminho de paz e reconciliação que nos faz percorrer juntos. Neste ano, completa-se o quinquagésimo aniversário de abertura do Concílio Vaticano II, [...] e foi nesse Concílio que, como vocês sabem, estiveram presentes alguns representantes do Patriarcado Ecumênico na qualidade de Delegados fraternos, quando foi aberta uma nova fase importante das relações entre nossas Igrejas. Louvemos o Senhor, primeiramente, pelo redescobrimento da irmandade profunda que nos une, e também pelo caminho percorrido nestes anos pela Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja católica e a Igreja ortodoxa, em seu conjunto, com a esperança de que, também na fase atual, progrida”.
“Recordando o aniversário do Concílio Vaticano II, acredito que é justo rememorar a figura e a atividade do inesquecível patriarca ecumênico Atenágoras [...] que junto ao beato João XXIII e o servo de Deus, Paulo VI, animados com a paixão pela unidade da Igreja, que nasce da fé em Cristo Senhor, promoveram valorosas iniciativas que solidificaram o caminho e as relações renovadas entre o Patriarcado Ecumênico e a Igreja católica. Alegra-me, profundamente, que sua santidade Bartolomeu I continue com renovada fidelidade, e criatividade fecunda, o caminho traçado por seus predecessores, os patriarcas Atenágoras e Dimitrios, e que seja conhecido, em todo o mundo, por sua abertura ao diálogo entre os cristãos e por seu compromisso em anunciar o Evangelho no mundo contemporâneo”, finalizou o Santo Padre.
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Ortodoxos e católicos. A unidade sob o signo do Concílio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU