A semântica do Mistério da Igreja a partir de uma perspectiva feminista

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15 Junho 2012

MaryA semântica do Mistério da Igreja no contexto das gramáticas atuais, a partir de uma perspectiva feminista, é a temática que a professora e pós-doutora em teologia Mary Ann Hisndale falará em outubro, durante o XIII Simpósio Internacional IHU. Igreja, cultura e sociedade: a semântica do Mistério da Igreja no contexto das novas gramáticas da civilização tecnocientífica.

Hisndale é natural de Chicago, Estados Unidos, e religiosa ligada à congregação das Servas do Coração Imaculado de Maria. Atua como professora de teologia no Boston College (Boston/EUA). Ela foi secretária (1996-2003) e presidente (2010-2011) da Sociedade Teológica Católica dos Estados Unidos. Dentre seus escritos, destaca-se a obra Women Shaping Theology (2006).

Além de trabalhos sobre as “teologias feministas”, Hisndale desenvolve estudos nas áreas de eclesiologia, cristologia e antropologia teológica. Uma peculiaridade em sua maneira de fazer teologia é o uso da pesquisa-ação participativa na reflexão teológica sobre a experiência católica em comunidades dos EUA. A partir dessa experiência, é evidenciado o papel de liderança das mulheres na caminhada eclesial que, muitas vezes, permanece marginalizado e escondido nos discursos e práticas da própria Igreja.

A teologia de Hisndale narra a visão e a história da mulher na caminhada da Igreja, evidenciando seu papel profético e protagonista, sobretudo nos últimos cinquenta anos. A partir dessa perspectiva, além do fortalecimento de “teologias feministas”, o protagonismo das mulheres tem movimentado as próprias estruturas institucionais da Igreja. Daí que, segundo a teóloga, a hierarquia tem, muitas vezes, reagido de forma contrária, dando origem a uma série de questões e problemas.

O fortalecimento das teologias feministas, a nova consciência de que a mulher não é subordina ao homem, a emancipação e a militância da mulher nas comunidades eclesiais abriram novas perspectivas para a Igreja e também para sociedade como um todo. A partir desse contexto, Hisndale desenvolve uma teologia em que lança luzes sobre o futuro das mulheres na Igreja Católica.

A nota é de Luís Carlos Dalla Rosa