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15 Mai 2012

Obama encarna quase profeticamente a evolução da alma do país, que busca domesticar e estabilizar o movimento gay, além de dar aos gays novos direitos. A campanha eleitoral presidencial a partir de hoje assume um rosto diferente, especialmente do ponto de vista do eleitorado religioso.

A opinião é de Massimo Faggioli, doutor em história da religião e professor de história do cristianismo da University of St. Thomas, em Minneapolis-St. Paul, nos EUA. O artigo foi publicado no jornal Europa, 11-05-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Faz parte da simbologia da política norte-americana contemporânea o fato de que o primeiro presidente negro dos EUA, Barack Obama, apoie publicamente o casamento homossexual. Em um país cuja cultura liberal lê as lutas pelos direitos como etapas de um percurso iniciado com a emancipação dos escravos pelo presidente Lincoln em 1863, e em que a comunidade gay lê a pelo por casamento homossexual como a projeção daquela primeira extensão da liberdade aos escravos, tem um valor histórico particular o fato de ser um presidente afro-americano que rompe esse tabu: o meio é a mensagem.

O anúncio de Obama chega a três dias do posicionamento do vice-presidente, Joe Biden, e a poucas horas do resultado do referendo constitucional na Carolina do Norte, que aprovou uma emenda, com grande maioria, na constituição do Estado tornando ilegais as uniões homossexuais. A emenda não se limita apenas a proibir a celebração das núpcias entre parceiros do mesmo sexo: graças a esse referendo, na Carolina do Norte, os coabitantes do mesmo sexo não poderão ser assegurados sob o seguro de saúde do parceiro/a (uma questão que pode ter efeitos devastadores para os orçamentos familiares), não poderão visitar o/a parceiro/a no hospital e tomar decisões médicas por ele/a e não poderão herdar.

Os defensores do casamento homossexual como o último dos direitos civis acertam ao lembrar que a Carolina do Norte alterou a sua própria constituição em 1875, a fim de "proibir os casamentos entre um branco e um negro, e entre um branco e um pessoa com descendentes de cor, até a terceira geração".

Assim como Lincoln publicou a emancipation proclamation na Guerra da Secessão ainda em andamento, tornando-o o motivo moral de uma guerra iniciada por outras razões, assim também Obama decidiu anunciar a sua própria convicção em meio de uma guerra, a "cultural war", que, sob a sua presidência assumiu um tom, da parte republicana, veladamente "nativista", quando não claramente racista. Mas é uma "guerra cultural" que o Partido Republicano ressuscitou com a bênção do establishment do conservadorismo religioso nos EUA, com a Igreja Católica à frente.

Depois do referendo da Carolina do Norte, outros Estados (incluindo Minnesota) já programaram para os próximos meses o mesmo tipo de referendo: as Igrejas e a Igreja Católica em particular estão comprometidas de modo direto no campo da campanha eleitoral. Mais de um bispo católico impôs aos seus párocos e fiéis o apoio à campanha eleitoral a favor da nova emenda e proibiu que se manifeste o desacordo com relação à ação dos bispos.

Diante de um episcopado que elevou o tom do confronto ao longo dos últimos três anos, em perfeita sincronia com o Partido Republicano, Obama decidiu elevar o confronto político do ano eleitoral de 2012 do campo das questões individuais (a reforma da saúde, a contracepção, o papel das mulheres) à questão por excelência da sociedade norte-americana do início do século XXI, a dos direitos dos gays, e em primeiro lugar do casamento civil.

A presidência dos EUA tem a função do pontífice máximo daquela religião civil chamado América. Por esse motivo, para o eleitorado religioso evangélico, o primeiro presidente que apoia o casamento homossexual torna-se uma espécie de papa herege, um sacerdote em fide devius, que perde ipso facto toda legitimidade moral para guiar o país.

Para muitos outros, ao contrário, Obama encarna quase profeticamente a evolução da alma do país, que busca domesticar e estabilizar o movimento gay, além de dar aos gays novos direitos. A campanha eleitoral presidencial a partir de hoje assume um rosto diferente, especialmente do ponto de vista do eleitorado religioso.

Nos EUA, uma nação-igreja inclusiva como nenhuma outra, os presidentes têm uma função religiosa. Lincoln foi ferido no dia da Sexta-Feira Santa de 1865 e morreu na madrugada do dia de Páscoa, e logo tornou-se o alter Christus, morto para tirar o pecado da escravidão. Obama é um norte-americano filho da era de Martin Luther King, e não menos do que Lincoln.


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