Arcebispo de Lima suspende padre defensor dos direitos humanos

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Por: André | 15 Mai 2012

O sacerdote também apoiou o debate sobre o aborto eugênico e em fevereiro passado mostrou-se favorável à união civil entre casais homossexuais, embora sem chamá-la de casamento.

A reportagem é da agência Efe, 14-05-2012. A tradução é do Cepat.

O sacerdote Gastón Garatea, bem conhecido no Peru por sua defesa dos direitos humanos, foi suspenso de suas funções eclesiais pelo arcebispo de Lima, Juan Luis Cipriani.

Um porta-voz da arquidiocese confirmou que a decisão foi tomada “após um longo processo” de avaliação das funções de Garatea.

Acrescentou que o sacerdote não recebeu uma sanção, mas que “simplesmente não se renovou sua licença para continuar a exercer o seu ministério em Lima”, embora não tenha entrado em pormenores sobre o motivo da decisão.

Garatea assinalou, em declarações publicadas hoje pelo jornal La República, que a suspensão o impedirá de celebrar missas e ouvir confissões.

A imprensa local atribui a sanção às críticas que Garatea manifestou nos últimos meses contra a hierarquia católica peruana, ao considerar que em muitos casos existe mais preocupação com temas de ordem legal do que pelos espirituais.

“Fala-se mais do código canônico e do que no Evangelho”, declarou em abril passado à revista política Caretas.

O sacerdote em fevereiro passado mostrou-se favorável à união civil entre casais homossexuais, embora sem chamá-la de casamento.

“Podemos ser contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas em uma união civil não há problema”, disse.

O sacerdote foi suspenso por decisão de Cipriani, que, segundo o próprio arcebispo, enviou uma comunicação nesse sentido ao superior da ordem dos Sagrados Corações, Raúl Pariamachi.

Gastón Garatea fez parte da Comissão da Verdade e Reconciliação (CVR), que investigou a guerra civil vivida pelo Peru entre 1980 e 2000, e também foi presidente da Mesa de Concertação de Luta contra a Pobreza.

Atualmente, é sacerdote na igreja de La Recoleta, de Lima, e assessor para temas de responsabilidade social da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP), em litígio com a Arquidiocese de Lima.

O jornal Perú.21 garantiu hoje que a pena imposta a Garatea o impedirá de continuar como assessor da PUCP.