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'Engravidei 2 vezes de bebês anencéfalos'

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11 Abril 2012

"Optei pelo aborto legal, mas enfrentei muita burocracia. Se você não tem condições financeiras de contratar advogado para acompanhar o processo, não consegue. No meu caso, eu só tive a autorização judicial para interromper a gravidez com 7 meses e meio de gestação", escreve Clarissa Thomé, em depoimento publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 11-04-2012.

Eis o depoimento.

"Engravidei duas vezes e os dois bebês tinham o mesmo problema: anencefalia. Na primeira vez, eu tinha 23 anos. Era uma gravidez programada, desejada. Soube aos 3 meses de gestação que o bebê era anencéfalo. Foi muito triste. Procurei especialistas e todos diziam que ele não tinha chances - podia viver dias, horas ou já nascer morto.

Optei pelo aborto legal, mas enfrentei muita burocracia. Se você não tem condições financeiras de contratar advogado para acompanhar o processo, não consegue. No meu caso, eu só tive a autorização judicial para interromper a gravidez com 7 meses e meio de gestação.

Quando você mais precisa de ajuda, não recebe apoio - nem dos médicos nem da Justiça. Fiz aborto numa época já de risco. Aos 7 meses e meio, meu filho pesava só 300 gramas e tinha 15 centímetros. Tão pequeno assim, não fazem enterro. O corpinho dele ficou para estudos. Eu o chamava de Lohan, mas nem foi preciso registrá-lo.

Quatro anos depois, engravidei de novo. Dessa vez era uma menina, Sara. O pesadelo se repetiu - aos 3 meses de gestação, o exame revelou a anencefalia.

Eu já conhecia a burocracia, as dificuldades para conseguir o aborto legal. E não tinha como pagar um advogado novamente. Por isso, decidi levar a gravidez até o fim.

As pessoas vinham dar parabéns pela bebê, perguntavam como ela estava. Eu não falava a verdade, é muito difícil dar explicações o tempo todo. Eu dizia que estava tudo bem.

Criei um mundo só para mim e nesse mundo eu voltaria para casa com minha filha. É cruel sentir o seu bebê se mexendo durante a gravidez e saber que ele não vai ficar com você.

O médico sugeriu que eu fizesse uma cesárea, porque teria mais tempo para ficar com ela. Minha filha viveu 14 horas. Pude pegá-la no colo, mas não a amamentei. Ela ficou na incubadora, respirando com a ajuda de aparelhos. Fiquei ao lado dela o tempo todo, dei o amor e o carinho que eu pude.

Aqueles que são contra o aborto de fetos anencéfalos defendem a gravidez a termo para que os órgãos possam ser doados. Nem esse consolo eu tive. Os órgãos dela não estavam completamente formados, começaram a falhar momentos depois do nascimento. O coração era muito fraquinho.

Tive de registrar a Sara, fazer o atestado de óbito e enterrar minha filha. Só os pais sabem a dor do que é viver todo esse processo. A interrupção da gravidez aos 3 meses poderia evitar tanto sofrimento.

Decidi falar porque apoio a causa (do aborto de bebê anencefálico). Fico muito emocionada ao contar essa história e até hoje só falei para os parentes e amigos mais próximos.

Nunca soubemos por que isso aconteceu conosco duas vezes. Não há nenhum caso na minha família nem na família do meu marido. Os médicos investigaram, mas não conseguem nos dar uma resposta. Desisti de engravidar. Agora, estamos na fila de adoção."


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