Agronegócio faz pressão na reta final de votação

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

09 Março 2012

Os interesses do agronegócio falaram mais alto na última etapa de votação do Código Florestal, antes de o projeto de lei ir à sanção da presidente da República. E o principal ponto da discórdia é a exigência de recuperação de pelo menos 15 metros de vegetação nativa às margens de rios mais estreitos.

A reportagem é de Marta Salomon e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 09-03-2012.

Propriedades rurais que abriguem rios mais largos terão de recuperar até 100 metros em cada margem.

A regra, aprovada pelos senadores em dezembro, não zera o passivo ambiental estimado no País, de cerca de 80 milhões de hectares. Para a Frente Parlamentar da Agropecuária - da qual o relator Paulo Piau (PMDB-MG) faz parte -, a recuperação de vegetação nativa representará a perda de áreas produtivas nas propriedades rurais.

Piau também recusa a proteção de áreas de manguezais, os apicuns e salgados, assim como a punição dos produtores rurais que não regularizarem suas propriedades no prazo de cinco anos. A pena é o corte do crédito por parte de instituições financeiras.

O governo não teve os votos suficientes para manter o projeto aprovado pelo Senado nesta semana. O tema ainda pode impor a maior derrota política já sofrida pelo governo Dilma Rousseff porque as regras negociadas no Senado também são criticadas por ambientalistas, que condenam a anistia a desmatadores. O debate já dura 13 anos.