21 Fevereiro 2012
O Papa Bento XVI encontrou-se na manhã desta segunda-feira, 20 de fevereiro, com os 22 novos cardeais criados durante o Consistório de sábado passado. Um encontro amigável – os neopríncipes da Igreja estavam acompanhadas por familiares e pelos fiéis das suas dioceses que os haviam seguido ao Vaticano para a ocasião – que concluiu os quatro dias de "cúpula" romana das lideranças da Igreja iniciados na sexta-feira passada com o dia de reflexão e de oração sobre a nova evangelização.
A reportagem é de Alessandro Speciale, publicado no sítio Vatican Insider, 20-02-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O pontífice quis saudar cada um dos cardeais pelo nome, falando em nove idiomas, do italiano dos nada menos do que sete novos purpurados do Bel Paese ao tcheco do arcebispo de Praga, Dominik Duka.
Mas ele também aproveitou a oportunidade para enviar, mais uma vez, uma mensagem aos novos "senadores" da Igreja, advertindo-os sobre as suas novas responsabilidades e lançando um apelo urgente à unidade, depois de semanas em que surgiram escândalos e conflitos dentro da Cúria Romana – contrastes que projetaram sua sombra até no Consistório recém-concluído.
"A criação dos novos cardeais – disse o Papa Ratzinger – é uma ocasião para refletir sobre a missão universal da Igreja na história dos homens: nos assuntos humanos, muitas vezes tão convulsionados e contrastantes, a Igreja está sempre viva e presente, levando Cristo, luz e esperança para toda a humanidade".
"A nossa sociedade – o pontífice havia afirmado pouco antes em francês – conhece momentos de incerteza e de dúvida, e precisa da clareza de Cristo".
Bento XVI, assim, exortou os purpurados a "permanecer unidos à Igreja e à mensagem de salvação que ela transmite", o que significa "ancorar-se à Verdade, reforçar o sentido dos verdadeiros valores, estar serenos diante de todos os acontecimentos".
"Exorto-lhes, portanto – acrescentou –, a permanecerem sempre unidos aos seus pastores, assim como aos novos cardeais, para estar em comunhão com a Igreja. A unidade na Igreja é um dom divino para defender e fazer crescer".
No início da audiência, Bento XVI havia exortado os fiéis e amigos dos novos purpurados a ouvir "com viva esperança as suas palavras de Pais e de Mestres. Fiquem unidos a eles e entre vocês, na fé e na caridade, para serem cada vez mais fervorosas e corajosas testemunhas de Cristo".
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''Na Igreja, há necessidade de unidade'', afirma Bento XVI - Instituto Humanitas Unisinos - IHU