18 Janeiro 2012
A Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (Comece) defendeu, em documento apresentado na quinta-feira, nesta capital, uma economia social de mercado “altamente competitiva”.
A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 18-01-2012.
Esse conceito traduz-se numa grande liberdade de mercado, associado aos instrumentos de uma economia competitiva, observados os princípios da solidariedade e da equidade social, asseguradas pelo Estado.
O documento foi apresentado pelo vice-presidente da Comece, cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique-Freising. Somente na solidariedade e com responsabilidade os europeus podem controlar a grave crise social que se abate sobre o continente para chegar a um ponto de justiça e paz para todas as pessoas, assinala o texto.
Os episcopados europeus alertam, segundo a agência Zenit, que a competitividade econômica e a justiça social não serão alcançadas sem a integração com fatores ecológicos. A autoridade pública, defendem, tem o dever de garantir os bens essenciais e os serviços de interesse geral.
Os bispos reconhecem que o mercado não é antissocial por princípio. “Bem ordenado, pode converter-se num espaço de encontros que permitem estabelecer relações”, afirma o documento, que pede, no entanto, o combate firme contra cartéis, monopólios e acordos de preço.
A declaração da Comece sublinha a importância da gratuidade na economia de mercado e destaca que toda decisão econômica tem uma consequência moral. O texto defende uma União Europeia regrada pela economia social de mercado.
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Bispos europeus defendem economia social de mercado - Instituto Humanitas Unisinos - IHU