O Catar, maior emissor de CO2, será a sede da reunião do clima de 2012

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01 Dezembro 2011

O Catar, um emirado petroleiro e o país com mais emissões de CO2 por habitante, sediará a cúpula do clima de 2012, organizada pela ONU. Esse é o anúncio feito em Durban, África do Sul. Apesar da aparente contradição, não é a primeira vez que um país exportador de petróleo consegue acolher organismos internacionais relacionados com a sustentabilidade e a energia verde. Abu Dabi conseguiu a sede da Agência Internacional de Energias Renováveis, que estava sendo pleiteada pela Alemanha, graças à generosa oferta econômica. A emissão de CO2 por habitante no Catar ultrapassa as 50 toneladas, ao passo que nos Estados Unidos é de 20 e na Europa cerca de 10 toneladas.

A reportagem é de R. Méndez e está publicada no jornal espanhol El País, 30-11-2011. A tradução é do Cepat.

A ONU não vê um contrassenso em levar a Cúpula para Doha. "O Catar, um dos principais exportadores de energia, expressou em Durban sua vontade de avançar nas negociações da mudança climática da ONU", segundo o comunicado da Convenção-Quadro da ONU para a Mudança Climática, que destaca inclusive que apoia os "países em desenvolvimento, inclusive as pequenas ilhas", na sua adaptação aos "efeitos inevitáveis da mudança climática".

Os países do Golfo, com o dinheiro do petróleo, se lançaram a dominar a cena internacional. O Catar, por exemplo, irá sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2022 e o Barcelona já ostenta uma publicidade de uma fundação do país. De acordo com o relatório de 2011 da Anistia Internacional, no país "as mulheres continuavam sofrendo discriminação e violência". Além disso, "a população trabalhadora migrante era vítima de exploração e abusos, e a lei não a protegia de maneira satisfatória (...). Foram impostas penas de flagelação. Prosseguiam as condenações à morte, mas não houve nenhuma execução".