30 Novembro 2011
O presidente da Cáritas Internacional, Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, está participando da cúpula sobre a mudança climática da ONU que está ocorrendo em Durban até o dia 05 de dezembro. O cardeal urgirá os governos para que haja um acordo sobre a mudança climática que coloque as comunidades pobres dos países em desenvolvimento em primeiro lugar e tomem medidas para um futuro sustentável.
A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 29-11-2011. A tradução é do Cepat.
O cardeal Rodríguez e a Cáritas da África do Sul presidem uma delegação de representantes da confederação das Cáritas do mundo, integrada por mais de 160 agências católicas, que participará em vários eventos em Durban.
O cardeal hondurenho disse a este respeito: "Nosso clima está mudando. As organizações da Cáritas estão respondendo ao crescente caráter imprescindível e condições extremas do clima experimentadas em todo o mundo. Este ano, vimos inundações na América Central, Sul e Sudeste da Ásia, e secas em todo o leste da África".
"Faz-se necessário uma ação urgente. Os negociadores do clima não podem demorar mais para se colocarem de acordo sobre uma legislação internacional que dê um giro na ameaça da mudança climática e ponha o mundo no caminho de um futuro mais justo e sustentável", acrescentou.
Em 2011, o leste da África sofreu a pior seca em meio século. A seca não é nova na África, mas as mudanças nos padrões do tempo, combinados com a falta de investimentos, e a competição por terra e água, comprometeram a capacidade da população local para enfrentá-la.
"Todo o mundo é vulnerável à mudança climática, mas os países pobres são mais afetados – disse o cardeal Rodríguez. A África é um dos continentes mais vulneráveis aos impactos da mudança climática. Os africanos estão tomando uma posição em Durban, é tempo para que o mundo tome posição junto com a África".
A Caritas afirma que as negociações na reunião da Convenção Marco das Nações Unidas para a Mudança Climática devem dar os passos necessários para um acordo justo, ambicioso e legalmente vinculante que construa sobre o Protocolo de Kyoto. Faltam decisões para reduzir as emissões de gás com efeito estufa em mais de 40% nos países desenvolvidos antes de 2020.
A Cáritas acrescenta que o Green Climate Fund deve chegar a ser plenamente operacional. As medidas de adaptação deveriam receber financiamento público substancial, dado que as populações pobres e vulneráveis são as mais afetadas.
Uma preocupação chave da Cáritas é "assegurar que todos os homens e mulheres do mundo tenham alimentos suficientes seguros e saudáveis".
"A mudança climática afeta a segurança alimentar porque a modificação do comportamento do clima afeta seriamente a agricultura", destaca.
"O direito à alimentação deve ser um princípio guia em Durban – conclui. Para a Cáritas isto significa garantir que um bilhão de pessoas que vivem na pobreza extrema são ao mesmo tempo os beneficiários e os motores da agricultura e das políticas de segurança alimentar".
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Durban. "Faz-se necessário uma ação urgente" - Instituto Humanitas Unisinos - IHU