A segurança, ponto fraco da visita do Papa a Benin

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25 Novembro 2011

"Poderia ter acontecido alguma coisa, e mais ainda tendo em conta que a Nigéria está muito próxima, e algumas milícias islâmicas haviam informado sobre suas intenções de atentar contra o Papa". Um destacado membro da organização da viagem de Bento XVI ao Benin nos fazia esta confissão, notavelmente aliviado, no domingo passado, quando o Santo Padre já estava de volta a Roma. A segurança desta última viagem à África brilhou pela sua ausência.

A reportagem é de Jesús Bastante e está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 23-11-2011. A tradução é do Cepat.

Bento XVI insistiu pessoalmente em receber, em primeira pessoa, o calor dos beninenses. Isso ficou comprovado tanto no aeroporto como, sobretudo, na missa no Estado da Alegria. Também em seus deslocamentos no papa-móvel que, apesar do calor, o pontífice – que em alguns momentos parecia sumamente esgotado – fez de janelas abertas. Pôde-se ver muitas mãos tocando o Santo Padre, e muito calor, humano nesta ocasião, em torno de Bento XVI.

Mas os carros entravam com total liberdade no recinto, e as pessoas também. Não houve um único controle de carro ou mochilas em toda a viagem. Quem escreve isto teve a oportunidade, em duas ocasiões (no sábado à tarde e na missa de domingo), de estar, durante mais de um minuto, a uma distância de uma pedrada do Papa. E, o que é mais grave, ao lado dos estrados se podia ver madeiras, inclusive algum serrote e algumas [furadeiras] Black & Decker na tomada.

Especialmente perigoso foi o encontro de sábado na paróquia administrada pelas Irmãs da Caridade em Cotonou, onde pudemos entrar sem qualquer identificação e nos deslocar com total liberdade, praticamente até o altar. Os membros do exército beninense, sumamente educados, se limitavam a fazer um cordão de segurança e, isso sim, proteger a segurança do presidente e do Governo do país.

A segurança falhou, embora felizmente não tivemos que lamentar nenhum incidente. A segurança papal somente foi empregada a fundo para não misturar os jornalistas do voo papal com o resto. Sem muito sucesso, é preciso dizer, pois um servidor viu a missa de domingo junto com eles. E ao lado do número dois da sala de imprensa, Ciro Benedetti.