Após sobrevoar ontem a
Bacia de Campos, no litoral norte, o secretário estadual do Ambiente,
Carlos Minc, afirmou ter avistado três baleias jubarte no campo operado pela americana
Chevron, uma delas a 300 metros da mancha de óleo. "Isso já caracteriza dano à biodiversidade marinha. Estamos na época de migração de espécies de baleias e golfinhos na região", disse.
A informação é do jornal
O Estado de S. Paulo, 19-11-2011.
O delegado da Polícia Federal
Fábio Scliar, que investiga o caso, concorda com Minc. "A empresa já não nega que o vazamento ocorreu pela rachadura na atividade de perfuração. Já se configurou o crime ambiental. Não importa a extensão", argumentou Scliar.
"Deve sair amanhã (hoje) um dado definitivo do
Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), relativo a quarta-feira, sobre o tamanho da mancha. Eu sei que é muito mais do que a empresa diz, mas não vou me aventurar a dizer se é quatro, cinco ou dez vezes", declarou
Minc.
De acordo com o ex-ministro do Meio Ambiente, "tudo indica" que a empresa
Chevron sonegou informação, minimizando o acidente.
Para o secretário, foi uma "falha" o fato de o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) prévio não ter detectado a hipótese de fissura. "Eu vi borbulhar (ontem), continuava saindo óleo e não havia navios recolhendo o óleo."
Para
Minc, o acidente foi um "sinal vermelho". "Não existe risco zero. O pré-sal vem aí", disse ele, reconhecendo a necessidade de "medidas mais preventivas e rigorosas".
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Vazamento da Chevron. "Já se configura crime ambiental", diz delegado - Instituto Humanitas Unisinos - IHU