06 Novembro 2011
A estreia do documentário Lucho San Pablo na Bolívia se deu com a presença de Evo Morales, presidente da República.
A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 04-11-2011. A tradução é do Cepat.
Uma numerosa representação do coletivo de cidadãos bolivianos que moram na Comunidade Valenciana acorreu ao Club Diario Levante, na sexta-feira da semana passada para prestar sua homenagem à memória de Luis Espinal, sacerdote catalão da Companhia de Jesus que, nos anos 1970, desenvolveu uma intensa atividade missionária na Bolívia defendendo os direitos humanos. Luis Espinal Camps foi assassinado por um grupo de paramilitares em março de 1980 durante o clima de tensão prévio ao golpe de Estado do ditador Luis Garzía Meza.
Atualmente, estima-se que a população de bolivianos nesta comunidade ultrapassa os 30.000 residentes. Organizado pelo Condado da Bolívia em Valência, o ato contou com a presença de sua embaixadora na Espanha, María del Carmen Almendras Camargo, o cônsul da Bolívia em Valenciana, Jorge Olguín Maldonado, e Marisa Rojas, representando a Direção Geral de Integração e Cooperação da Generalitat Valenciana.
Também estiveram presentes o cônsul do Equador, Gabriel Monge; Salvador Broseta, secretário geral do PSPV-PSOE (Valência cidade); Ventura Montalbán (CC OO-PV) e Joaquín Polo, presidente da Associação Cultural Peruana Ollantay.
A homenagem começou com diversas apresentações folclóricas como indicação da ampla diversidade cultural boliviana e suas múltiplas influências. O casal de cantores Paola Flores e Rubén Darío cantou ares musicais do Chaco – território de caça, em quéchua – importante região do cone sul (1.500.000 km2) que se estende pela Bolívia, Argentina, Brasil e Paraguai. O Ballet Integración, formado por Juan Carlos Suárez e Laly Buitrago, interpretou cuecas bolivianas e sapateados. Juan Carlos Melgar e Rosa Vaca executaram a difícil e colorida dança Los Caporales, dança genuinamente boliviana que relembra os escravos negros da época colonial, hoje muito popular no Carnaval de Oruro, festa declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. Os artistas foram entrevistados por uma equipe de filmagens para a série Bolivianos no exterior, que será emitida pelo canal ATB, cadeia líder da televisão boliviana.
Posteriormente, se projetou Lucho San Pablo, documentário produzido 30 anos depois do desaparecimento do sacerdote recordado na Bolívia. A estreia do filme na Bolívia se realizou com a presença de Evo Morales, presidente da República. Ramiro del Carpio, jornalista orurenho que conheceu Luis Espinal quando era universitário, apresentou o filme assinalando o passado de violência política, no qual 11 de seus presidentes foram assassinados. Del Carpio afirmou que "Luis tinha uma personalidade impressionante e carismática. Era estrangeiro e decidiu morrer pela Bolívia".
Após a sessão, Olguín encerrou o ato recordando que Espinal "acreditava na vida, nas pessoas e nos movimentos sociais. Os jovens deveriam conhecê-lo".
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Documentário recupera a trajetória de Luis Espinal - Instituto Humanitas Unisinos - IHU