31 Outubro 2011
Em um comunicado divulgado na manhã desta sexta-feira pela Conferência Católica dos Estados Unidos, a Comissão de Doutrina dos bispos reafirma a sua crítica de março deste ano ao livro Quest for the Living God, da Ir. de São José Elizabeth Johnson, dizendo novamente que ele é uma expressão inadequada da fé católica.
A reportagem é do sítio National Catholic Reporter, 28-10-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A seguir, publicamos o comunicado de imprensa da Conferência dos Bispos dos EUA sobre a declaração, intitulado Resposta às observações de Ir. Elizabeth A. Johnson, CSJ, referentes à declaração da Comissão de Doutrina sobre o livro "Quest for the Living God".
Eis o texto.
A Comissão de Doutrina da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB) divulgou uma declaração reafirmando sua crítica a Quest for the Living God, livro da professora da Fordham University, Ir. Elizabeth A. Johnson, CSJ.
A Comissão de Doutrina criticou pela primeira vez o livro em um comunicado de 21 páginas publicado no dia 24 de março. A Ir. Johnson respondeu no dia 1º de junho com uma defesa de 38 páginas intitulada To Speak Rightly of the Living God: Observations by Dr. Elizabeth A. Johnson, CSJ, on the Statement of the Committee on Doctrine of the United States Conference of Catholic Bishops about Her Book Quest for the Living God: Mapping Frontiers in the Theology of God.
Nessas Observações, a Ir. Johnson afirmou que a Comissão de Doutrina tinha "compreendido completamente mal e distorcido consistentemente" o livro.
Durante o verão [dos EUA], a Comissão estudou as Observações da Ir. Johnson e hoje tornou públicas as suas conclusões em um comunicado datado do dia 11 de outubro, Resposta às observações de Ir. Elizabeth A. Johnson, CSJ, referentes à declaração da Comissão de Doutrina sobre o livro "Quest for the Living God".
Em sua Resposta, a Comissão revisa os argumentos apresentados pela Ir. Johnson em defesa do seu livro e as respostas entrando em maiores detalhes em sua análise das questões centrais, com mais documentação em termos de citações do livro.
Na conclusão do seu estudo das Observações, a Comissão conclui que "elas, de fato, não demonstraram que a Comissão entendeu mal ou deturpou o livro. Ao contrário, a Comissão encontra-se confirmada nos julgamentos sobre o livro".
A Comissão observa que um dos argumentos centrais da Ir. Johnson era que ela estava tentando expressar a fé da Igreja de formas novas e criativas que fossem adequadas à situação contemporânea, enquanto a Comissão estava operando a partir de um quadro teológico estreito e só aceitaria a repetição de fórmulas tradicionais.
A Comissão concorda que "a tarefa da reflexão teológica jamais é cumprida pela mera repetição de fórmulas", mas continua afirmando que a "real questão é se as novas tentativas de compreensão teológica são ou não fiéis ao depósito da fé tal como contida nas Escrituras e na tradição doutrinal da Igreja".
Assim, a comissão chega à conclusão de que "a linguagem usada no livro não expressa adequadamente a fé da Igreja".
A Comissão elogia a Ir. Johnson "por sua intenção declarada de ajudar o progresso da Igreja em sua compreensão das realidades divinas", mas afirma que o livro não cumpre essa tarefa, "porque não se fundamenta suficientemente na tradição católica teológica como seu ponto de partida".
Assinala-se que o livro é "uma preocupação pastoral particular" para os bispos, "porque é escrito para um "grande público", em vez de um público acadêmico mais restrito".
"Além disso", acrescenta, "se o livro foi ou não originalmente projetado especificamente para ser um livro didático, o livro, de fato, está sendo usado como livro didático para o estudo da doutrina de Deus".
"Tendo examinado detalhadamente tanto o livro quanto as Observações, a Comissão de Doutrina acredita que é seu dever declarar publicamente que, em vários pontos críticos, o livro é seriamente inadequado como uma apresentação da compreensão católica de Deus".
O texto da Resposta da Comissão de Doutrina pode ser encontrado na íntegra, em inglês, aqui.
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Bispos dos EUA reafirmam: livro de teóloga não é adequado - Instituto Humanitas Unisinos - IHU