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Consciência, o que ela esconde?

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30 Outubro 2011

Há mais de 30 anos o neurocientista português António Damásio escreve sobre a mente em revistas científicas e livros, mas, segundo ele, foi ficando insatisfeito com suas respostas, especialmente sobre questões como "a origem e a natureza dos sentimentos e o mecanismo por trás da construção do self". Esses são problemas críticos que Damásio investiga desde O Erro de Descartes, no qual parecia mais empenhado em saber como funcionavam as emoções.

A reportagem e a entrevista é de Antõnio Gonçalves Filho e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 30-10-2011.

Já em seu novo livro, E o Cérebro Criou o Homem, a consciência ocupa o centro do palco. Sem ela, lembra Damásio, as culturas e as civilizações não teriam surgido, mas a grande surpresa, de acordo com o autor, é que mesmo seres vivos sem cérebro algum, como os monocelulares, apresentam um comportamento inteligente e deliberado como Lady Gaga.

É sobre esse fato, injustamente ignorado, que o cientista se debruça no livro cujo título em português suprime o que lhe parece mais interessante no original (Self Comes to Mind), ou seja, o self como protagonista de uma mente consciente, não uma entidade metafísica que cria o homem como Roger Vadim criou a mulher no corpo de Brigitte Bardot.

Eis a entrevista.

O problema da consciência parece mais um assunto de filósofos do que neurocientistas. Por que ela se tornou um tópico obrigatório entre eles e como essa nova abordagem pode afetar nossos conceitos éticos e morais?

Quando queremos compreender nosso comportamento, é inevitável perguntar como é possível saber o que se passa na própria mente. Ser consciente é ter uma mente que se conhece. Chamo essa consciência de self, fundamental para que possamos respeitar os outros, compreender o que somos e o que os outros são, o que nos força a ter respeito pelo sofrimento alheio. Não acho, porém, que nossa visão ética ou moral mude por causa da descoberta da importância do self para a construção da mente consciente, pois até os animais têm consciência.

Inclusive seres unicelulares, segundo seu livro.

Sim, ela não é propriedade humana. A nossa consciência, claro, é mais complexa, por termos maior capacidade de aprendizagem e uma linguagem. Mas o organismo unicelular parece ter uma atitude, que é a da manutenção da vida, apresentam um comportamento aparentemente inteligente.

As pessoas, de modo geral, identificam neurocientistas como seres materialistas, subservientes a Darwin e pouco propensos a discutir espiritualidade.

Se se definir materialista como alguém que diz que corpo e cérebro são capazes de produzir a beleza que produzimos, então chame-me materialista. Mas, mesmo um cientista materialista não pode desrespeito pela vida do espírito - não o espírito como pensou Descartes, separado do corpo. Não é assim que as coisas se passam. Há uma maneira estreita de conceber a matéria, o corpo, como um edifício, um objeto, quando é uma vida extraordinária com trilhões de células. Essa dicotomia entre matéria e espírito não existe. A vida, como está organizada, permite esse tipo de resposta, mas estaria um deus na origem desse processo? Não posso responder, não tenho esse conhecimento. Parece-me que nenhum cientista pode.

As ideias discutidas em seu livro inspiraram o compositor Bruce Adolphe a usar seus conceitos. Ao que parece, os cientistas mostram-se mais identificados com a música do que com as artes visuais. Existe uma razão para isso?

Não sei se é verdade. A música, certo, tem uma capacidade de produzir emoções e sentimentos, é mais direta. Nas artes visuais, é preciso de um tempo de contemplação, pois somos nós que introduzimos o tempo, enquanto na música ele nos é imposto.

O problema da memória parece cada vez mais grave no mundo contemporâneo. O senhor diria que a transferência de nosso "banco de dados" para os computadores, que realizam uma tarefa de armazenamento que é nossa, estaria nos conduzindo à amnésia?

Não me parece provável. Claro que todo exercício mental ajuda. Conto no livro que estava trabalhando no laboratório numa tarde quando, ao levantar da cadeira e andar pela sala, comecei a pensar num colega sem razão aparente para isso. Percebi que me movimentava de um modo parecido com o dele e só depois, forçando a memória, lembrei de o ter visto passando sob a minha janela. Eu havia processado a sua presença sem prestar atenção.

A construção do self autobiográfico é uma das partes mais interessantes do livro. O senhor diz que, com todos os registros que temos, nem mesmo Proust precisaria revirar seu passado "para construir um típico momento de self proustiano". Como o senhor vê a evocação do passado pelos escritores contemporâneos?

Hoje é possível compreender nosso raciocínio criador, entender de que forma o cérebro funciona. No fim do século XIX e começo do XX, as pessoas tinham grande capacidade de memória, de armazenar conteúdos. Havia menos distrações. As pessoas liam, contemplavam. Hoje veem clipes e usam a internet. Não há um tempo muito grande para analisar e armazenar memórias.

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