A comunidade luterana de Porto Alegre está em festa. Ontem foi realizado o ato de lançamento dos 500 anos da Reforma Luterana. A festa para 160 convidados, celebrada no Plaza São Rafael, deu início ao calendário de festividades, que se estende até o dia 31 de outubro de 2017.

A informação é do jornal Zero Hora, 19-10-2011.

O aniversário de cinco séculos da reforma só ocorre daqui a seis anos, mas o grupo se adiantou e lançou diversos itens comemorativos. Entre eles, um calendário que tem início em outubro deste ano e soma folhas até outubro de 2017, como um símbolo da contagem regressiva e como um guia para os próximos eventos. O brinde foi distribuído na saída do evento.

Durante a cerimônia, foi lançado o selo comemorativo aos 500 anos e apresentado um vídeo que mostra a origem do luteranismo e a sua imigração para o Brasil e o momento atual das igrejas.

Segundo o pastor da Paróquia Matriz, da Comunidade Evangélica de Porto Alegre, que pertence à IECLB, Cláudio Kupka, as igrejas trabalham juntas para unificar as atividades comemorativas dos luteranos em todo o Brasil. Por isso, estavam presentes representantes de outras igrejas cristãs, como o arcebispo metropolitano de Porto Alegre, dom Dadeus Grings. Também participou da festa o prefeito da Capital, José Fortunati.

A Reforma Luterana foi um marco ao promover a criação de uma nova denominação cristã no mundo há cinco séculos. A cerimônia, primeira realizada no Brasil, é organizada pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e a Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB). Conforme a assessoria de imprensa do evento, a construção de uma praça que levará o nome de Martinho Lutero está sendo negociada com a prefeitura da Capital.

A reforma

- Ocorreu há cinco séculos e foi impulsionada por Martinho Lutero, um professor de teologia e sacerdote da Igreja Católica. Ele viveu na cidade de Wittenberg, na Alemanha.

- Insatisfeito com a situação da igreja da sua época, no dia 31 de outubro de 1517, colou na porta da igreja 95 críticas que demonstravam sua insatisfação. O protesto dividiu religiosos, governantes e a população e deu
origem a um racha dentro da igreja cristã.

- O movimento ultrapassou as fronteiras e se estendeu a outros países da Europa, chegando ao Brasil em 1824, com a colônia alemã.